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26/01/2012 às 19h24

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A crise do capitalismo

Jorge Vieira – Jornalista

O Centre Théologique Meylan, Grenoble, França, realizou no dia 23 do corrente mês, debate sobre o “L’avenir de l’Euripe face a la crise”(O futuro da Europa frente a crise), com a participação do economista Yannos Échinard e o advogado Fabien Terpan, especialista em direito público.

As questões que orientaram o eixo da reflexão apontam o momento vivenciado pela sociedade europeia: Uma crise do euro? De qual natureza?; Qual evolução para as instituições no contexto da crise; os partidos políticos: quais as políticas europeias?
Quanto ao debate sobre a crise vivenciada pelas grandes economias capitalistas, consideradas historicamente superiores e capazes de determinar o destino da humanidade, não se apresenta como nenhuma novidade. Pelo contrário, uma população que alcançou um nível de escolaridade de assistência social a partir da metade do século passado, é visto como algo comum e necessária a realização dessas reflexões, E mais ainda, a sociedade francesa considerada teoricamente politizada – ironicamente eleitora de Le Pen e de Sarcozy!

Surpreende a preocupação dos franceses com a crise do euro. Entre vários casos, se viu nos últimos meses a turbulência da economia portuguesa, espanhola e holandesa com índice de desemprego altíssimo na faixa etária economicamente produtiva, girando em torno de 13% a 16%; a Grécia e a Itália, acompanhada da crise política, trocam de dirigentes e manifestações da população.

Sinais tenebrosos do que está acontecendo do lado de cá o Atlântico! Majoritariamente, vê-se um povo preocupado e impactado com a possibilidade de perder direitos sociais hipoteticamente consolidados. Imaginar um europeu inseguro, sem a coleta de lixo, assistência de saúde e educação, transporte funcionando perfeito e pontualmente!

Vale lembrar que, além da luta conduzida pela classe trabalhadora para conquistar o bem estar social, foi também favorecido pela crise do capitalismo e a disputa ideológica dos blocos econômicos – Capitalismo e Comunismo. O que não ocorre no contexto atual.

Diante disso, o que surpreende é o conteúdo veiculado no noticiário e as análises dos técnicos na matéria, além do debate político em curso na França. Os especialistas e participantes do debate apontam como razão principal, o que eles chamam da problemática ‘eurolande’, símbolo da supremacia da Alemanha sobre a zona do euro, especialmente a França. E não é somente uma análise governamental, que é uma crise monetária, resultado do descontrole do déficit público.

Lamenta-se que, tendo em vista a hegemonia alemã, em nível da comunidade europeia, apontam a revisão do Tratado da União Européia, e, nacionalmente, o controle do déficit público. O que, do ponto de vista da macroeconomia, a sociedade deveria discutir a crise sistêmica capitalista e as alternativas para a construção de um novo modelo de sociedade, tendo como base novas relações entre os membros da sociedade e das nações, superando radicalmente a exploração do ser humano e da natureza.


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