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29/05/2012 às 12h57

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Xucuru-kariri produz alimentos em terra demarcada

Jorge Vieira – Jornalista


Cerca de 120 famílias do povo Xurucu-Kariri, da aldeia Fazenda Canto, no município de Palmeira dos Índios, a cerca de 140 km de Maceió, produzem alimentos na área retomada em 31 de outubro de 2011, denominada Fazenda Salgado (184 hectares), declarada parte do território tradicional, em 2010, pela portaria do então ministro da Justiça Tarso Genro.

Com o apoio da Rede de Educação Cidadã (RECID) e do deputado estadual Judson Cabral (PT/AL), sementes e óleo, respectivamente, grupos familiares estão produzindo coletivamente feijão de corda, milho, feijão carioca, abóbora, macaxeira e melancia, além do cultivo de hortas comunitárias com a plantação de cebolinha, coentro, pimentão, alface, repolho, cenoura.

A produção tem como objetivo atender inicialmente a necessidade de alimentação dos membros da comunidade, enquanto que excedente será comercializado na feira livre do município. De acordo com o professor Gecinaldo Ferreira, um dos incentivadores do trabalho comunitário, os recursos arrecadados com a venda dos gêneros alimentícios serão revertidos no investimento da luta da comunidade, com passagens e alimentação quando do deslocamento de suas lideranças até os centros administrativos em busca de melhorias para as comunidades junto aos órgãos públicos. Segundo informações colhidas junto aos produtores indígenas, o quilo de feijão de corda verde será vendido ao preço de R$ 5.00.

Animados com o resultado da lavoura, visto principalmente pela a qualidade do feijão e do milho garantido pelo sistema de irrigação, com a chuva que está caindo na região, já prepararam cerca de 20 hectares para o cultivo da batata doce, macaxeira, milho e feijão.

Em tom de desabafo, jovens indígenas expressaram com orgulho, afirmando que o roçado demonstra o contrário do preconceito que é por alguns de que índio é preguiçoso. O que falta, para eles, é terra para trabalhar e não precisarem se deslocar até as cidades ou para a região açucareira para trabalharem como boia-fria.

O presidente da Associação Comunitária, Gecivaldo Ferreira, destacou a importância do urgente posse da terra demarcada, afirmando que só assim poderão suprir as necessidades das comunidades, as despesas com a luta em defesa dos direitos, especialmente na conquista do território.

Para o deputado Judson Cabral, apoiar a luta do povo Xucuru-Kariri “é reconhecer e garantir os seus direitos históricos e fazer cumprir o que determina a Constituição Federal”.


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