Dólar com. 5.1658
IBovespa 0.58
23 de abril de 2024
min. 23º máx. 32º Maceió
chuva rápida
Agora no Painel Nova vacina contra a covid-19 chega à população em 15 dias
25/11/2016 às 08h18

Blogs

PT quebra até o Banco do Brasil

Foto: Arquivo/Agência Brasil

(BRASÍLIA) O estrago da praga petista foi grande e ainda tem para surgir muitas histórias escabrosas. A situação em que chegou o Banco do Brasil também é fruto da irresponsabilidade administrativa daqueles que comandaram a instituição nos últimos 12 anos. 

Em fato relevante divulgado esta semana, mas esperado há muito tempo, o Banco do Brasil anunciou um conjunto de medidas para uma reestruturação significativa em suas operações. No pacote estão incluídos fechamento de agências e plano extraordinário de aposentadoria incentivada. Segundo o comunicado, 18 mil funcionários que já estariam em condições de se aposentar são o público-alvo do plano, que vai receber adesões até o dia 9 de dezembro. O banco já havia incentivado a demissão de 4.992. Atualmente, a instituição financeira tem um pouco mais de cem mil funcionários. Se todos aceitarem a proposta do banco, a redução no quadro será de cerca de 18%.

No mesmo comunicado, o banco avisou que vai fechar 402 agências, 8% das 5.060 existentes atualmente. Também vai mudar o status de 379 unidades, que passarão a funcionar como postos de atendimento. A reestruturação também vai redimensionar a direção geral, as superintendências e os órgãos regionais. As medidas serão postas em prática a partir do ano que vem.

Vai ser preciso tomar medidas duras e sempre em desfavor da população e dos funcionários do banco que pagarão com a perda do emprego ou uma aposentadoria forçada por conta da irresponsabilidade e desonestidade com a implantação da máquina petista para assaltar os cofres do povo brasileiro.

Nunca será demasiado recordar o drama humanitário provocado pela demissão em massa de milhares de trabalhadores num período de crise e desemprego recorde. Trata-se de um sinal político deprimente, agravado pelo fato de que se trata de uma decisão amarga tomada pelo governo em função dos desmandos de anos na administração da instituição, 

A medida penaliza em particular trabalhadores e a população mais pobre. A combatividade dos funcionários do BB, a mais antiga instituição financeira do país, é ultrajada e jogada por terra. 

Em tempo: já se aguarda para muito breve medidas idênticas que serão tomadas na Caixa Econômica Federal, com a mesma motivação e consequências da irresponsável administração petista que liquidou o Brasil.

Bate boca

O juiz Sergio Moro, os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e promotores do Ministério Público Federal foram personagens de uma audiência acalorada esta semana. A sessão do dia tratava do interrogatório de testemunhas de acusação na ação penal em que Lula é réu no âmbito da Operação Lava Jato.

As discussões aconteceram durante o depoimento do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), a primeira testemunha a ser ouvida. Os advogados do petista contestaram por diversas vezes a relevância de perguntas que eram formuladas pelos promotores que, segundo eles, fugiam do escopo do processo. A defesa também alegou que o depoente estava respondendo com base em suposições e não em fatos objetivos.

“A defesa, pelo jeito, vai ficar levantando questão de ordem a cada dois minutos? É inapropriado”, disse Moro à defesa de Lula. Um dos advogados respondeu: “Pode ser inapropriado, mas é perfeitamente jurídico e legal. O juiz não é o dono do processo”.

Mesmo com os protestos, o magistrado indeferiu novamente o pedido da defesa, afirmando que as perguntas dos promotores buscavam contextualizar os fatos. 


Caçada implacável

“Onde houver anúncio ou indícios de vaquejada o Ministério Público vai atrás”. Dizia-me um procurador exaltado e radicalmente contrário ao descumprimento da determinação judicial pelo STF.

Em mais uma ação do MP, a 12ª Promotoria de Justiça de Arapiraca ajuizou mais uma ação civil pública ambiental, com pedido de liminar, para impedir a realização da "12ª Vaquejada Parque Divina Luz. O evento está marcado para o período de 1º a 4 de dezembro, no Sítio Varginha, zona rural do município.

Esta é a terceira ação do MPE/AL para coibir a realização de vaquejadas no estado. As duas primeiras ocorreram nas cidades de Palmeira dos Índios e Pilar, após procedimentos ajuizados pelas respectivas Promotorias de Justiça. No primeiro caso, a parte demandada chegou a recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, que manteve a liminar do Juízo de Direito em desfavor da organização do evento.

Casa de ferreiro

O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que a reunião com os governadores na terça feira fez avançar a possibilidade de um acordo que evite a insolvência econômica dos estados: “Nós poderemos ter um elenco de medidas que garantam a transparência e a austeridade fiscal.” Renan chamou a atenção para a questão dos supersalários: “Não tem sentido nenhum que façamos um controle de gastos públicos, inclusive dos estados, e eles continuem a conviver com supersalários, acima de R$ 200 mil.”

Se falar em supersalários no Congresso Nacional é o mesmo que “falar em espeto de pau em casa de ferreiro”.


Estou com medo

Esta semana eu encontrei casualmente no aeroporto de Brasília um prefeito alagoano recém-eleito que confessava os seus temores para assumir o cargo em janeiro próximo. “Não sei se fiz um bom negócio para o rumo da minha vida”, ressaltava o prefeito que pela primeira vez disputou um cargo eletivo. E prosseguiu: “percebo que as pessoas, os órgãos de controle e o pessoal do Ministério Público já encaram a gente como se fosse um bandido, um ladrão. Isto é muito ruim. Estou contente em ter vencido a eleição, mas pela minha inexperiência com administração pública e o que estou vendo por ai, estou com medo”. Eu então lhe falava: - calma prefeito. Faça a coisa certa e tudo acabará bem. E ele retrucou: “Tem que dar, pois se não der largo tudo e devolvo a prefeitura”. Um detalhe: o prefeito teve um parente seu eleito há algum tempo e na mesma cidade e com toda chance de vitória não disputou a reeleição decepcionado com a política e os políticos.


Socialismo de gaveta

Há um clima de confronto nas fileiras do Partido Socialista Brasileiro em Alagoas. Comandado há anos por um grupo de políticos de boa índole e com passado de luta com decência e respeito à coisa pública começou a fugir de seus princípios ao filiar na agremiação pessoas sem qualquer compromisso com o moral e o legal, fato que desgastou a legenda arrastando para a vala comum. A ex-prefeita Kátia Born deu vida e voz ao PSB alagoano e agora se vê ameaçada pelas incoerências e oportunismo barato da direção nacional  que quer substituí-la à força. Os autênticos socialistas estão revoltados com o fato e prometem abandonar o partido caso a absurda intervenção ocorra.


Nadando em dinheiro

Algumas prefeituras municipais do interior vão estar abarrotadas de dinheiro neste final de ano. Serão nada menos de 195 milhões para 19 municípios que poderão ser torrados irresponsavelmente por prefeitos que estão em final de mandato. 

O Fórum de Combate à Corrupção tem se mostrado preocupado e está solicitando ação enérgica do Ministério Público e do Tribunal de Contas no acompanhamento destes gastos para que não vire uma grande farra financeira.


Direita X Direita

Ai então é preciso ter muito cuidado. Há uma nefasta e ameaçadora previsão de cientistas políticos de que as eleições de 2018 poderão apresentar o cenário de uma disputa entre a direita e uma extrema-direita. Com a derrocada do PT e em consequência de todos os partidos mais à esquerda. Segundo declarou o petista Fernando Haddad, prefeito de São Paulo a esquerda nunca viveu um momento tão adverso no país. “A chance de o PT manter a hegemonia na esquerda é difícil. Embora, mesmo muito machucado, ele ainda seja maior do que quase a soma de todos os outros [partidos de esquerda] reunidos. Vamos ver o que ocorre até 2018, em torno da candidatura do Ciro Gomes (PDT-CE), se o Lula vai ser impedido de disputar. A tendência é que também aqui direita e extrema direita sejam o polo das próximas disputas. O desafio da esquerda é maior do que nunca. A gente nunca conviveu com uma situação tão adversa”. Muito ruim para o Brasil caso aconteça essa provável polarização. Pode um louco qualquer ganhar as eleições.


Para refletir

Num estado democrático existem duas classes de políticos: Os suspeitos de corrupção e os corruptos.(David Zac)


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

Todos os direitos reservados
- 2009-2024 Press Comunicações S/S
Tel: (82) 3313-7566
[email protected]