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24/11/2017 às 19h52

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Desmontando a "Lava Jato"

Reprodução

Para refletir: Se todos os políticos alagoanos acusados de corrupção fossem condenados acabariam as eleições.


Por que só no Rio?

O Rio de Janeiro continua lindo, nas palavras cantadas na música de Caetano Veloso, porém a violência urbana, a explosão das drogas e os confrontos entre facções rivais e também com a polícia, têm tornado os cariocas reféns em suas casas e o medo é hoje a palavra de ordem. O turismo foi afetado brutalmente e muitos hotéis fecharam diante da escalada do terror provocado por essa mesma violência que atinge todas as capitais e muitas cidades do interior.

Mas, pobre do Rio de Janeiro. Não bastassem as agruras do “estado de guerra” em que vive há anos é também atingido por um dos maiores esquema de corrupção de sua história. Os cofres públicos secaram, o funcionalismo deixa de receber seus salários, os investimentos somem e ninguém quer fazer negócios com a administração pública, com medo de levar calote.

O quadro no Rio de Janeiro é a mostra mais emblemática da corrupção brasileira. Nada menos que três ex-governadores estão presos, além de deputados, conselheiros do Tribunal de Contas, secretários e agentes públicos acusados de práticas ilícitas com o dinheiro que deveria estar empregado em escolas, hospitais e outras obras importantes para a população. 

Mas nisso tudo um fato me chama a atenção: qual a diferença entre as leis e a justiça do Rio de Janeiro com relação a Alagoas?

Já estamos cansados de constatar noticias sobre corrupção e mesmo denúncias do Ministério Público Estadual e também de Procuradores Federais apontando para desvios de conduta que atingem o próprio governador, ex-governadores, senadores, deputados federais e estaduais e simplesmente nada acontece de novo. Há casos até de condenação em segunda instância, mas simplesmente tudo continua na mesma. Aqui, diferente dos outros, a Polícia Federal não é levada a sério e suas intimações servem de gracejos para políticos que se negam a prestar depoimentos quando convocados.

Afinal quando iremos ver nossos suspeitos na cadeia e devolvendo os milhões subtraídos dos cofres públicos (do bolso do povo). Viva a justiça do Rio de Janeiro.


Jovens despertando na política

Diante da crise econômica e política que vivemos hoje, os brasileiros se perguntam: em quem votar em 2018? Trata-se de uma questão dramática quando se leva em consideração que os principais líderes brasileiros surgiram na época da redemocratização e estão na casa dos 70 ou 80 anos. De acordo com o cientista político Carlos Melo, a falta de renovação da política é um fenômeno mundial. Ela tem a ver com o desprestígio da atividade, devido a vários fatores – entre eles, esquemas de corrupção como o que a Operação Lava Jato vem revelando agora. Há, no entanto, uma possível boa notícia no ar. Jovens brasileiros vêm recuperando a fé na política e formando movimentos para influir na agenda pública. Trata-se de uma geração globalizada, que teve a oportunidade de estudar no exterior e já exercita a cidadania ao participar de organizações não governamentais. Em vez de apenas gritar palavras de ordem, eles discutem formas de reabrir as portas da representação política. Isto é bom, desde que seja sério.


Acabando a FLIMAR

Termina hoje a Festa Literária de Marechal Deodoro. Criada pelo escritor Carlito Lima que foi seu curador até a edição do ano passado o evento tornou-se referencia nacional. As mais expressivas figuras da literatura, do jornalismo e destaques  culturais estiveram, presentes em cada edição que crescia e disputava espaço entre as maiores festas congêneres do país. Com muita criatividade, esforço e seu prestígio pessoal o curador transformou a FLIMAR no maior atrativo cultural de Alagoas, com uma ampla divulgação nacional como nunca antes aconteceu (mídia totalmente espontânea).  Ao assumir o cargo o novo prefeito de Marechal, Claudio Filho, naturalmente por não conhecer o valor da cultura, decidiu que deveria fazer uma festa mais simples inclusive dispensando o trabalho do criador e curador Carlito Lima. Atingiu o prefeito seu objetivo: o evento foi bem mais simples. Teve uma programação pífia, perdeu o brilho de presenças da cultura nacional e contou com um reduzido público, pois não houve nada interessante para se ver e a FLIMAR termina hoje (sexta feira) ameaçada de morte. Faltou principalmente o seu brilho principal: a figura respeitada e admirada do escritor Carlito Lima. Que sirva de lição.


Quase desistindo

(BRASÍLIA) - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu fazer um recuo estratégico em seu projeto de chegar ao Palácio do Planalto. Suas viagens pelo Brasil terão menos visibilidade, sua presença nas redes sociais será menos estridente e polêmicas com colegas de partido serão evitadas a todo custo.

A decisão de Doria de se colocar como alternativa para a disputa da Presidência da República foi tomada, pouco depois da posse como prefeito, porque pesquisas qualitativas o apontavam como um nome competitivo. O movimento gerou, porém, um enorme desgaste no PSDB, especialmente com o governador Geraldo Alckmin. A interlocutores mais próximos, o prefeito faz um mea culpa, lembrando que é originário do setor privado e, portanto, sabe reconhecer erros.

O tucano concluiu que qualquer candidatura que venha a disputar em 2018 depende de variáveis que não controla. Por isso, pretende concentrar-se nos próximos meses em uma agenda pesada do município, com potencial, inclusive, para diminuir sua popularidade.


Desmontando a Lava Jato

(BRASÍLIA) - O juiz Sergio Moro recebeu uma sonora vaia durante a abertura de um congresso nacional de procuradores, realizado esta semana, em Curitiba. Mesmo antes do evento, quando o nome de Moro foi confirmado, 72 procuradores assinaram um manifesto que foi encaminhado ao presidente da Associação Nacional dos Procuradores Municipais (ANPM), Carlos Mourão, para manifestar a insatisfação do grupo.

Apesar do rechaço dos procuradores, a direção da entidade decidiu manter o juiz como palestrante o que levou ao protesto. 

“Se não podia mais desconvidar um juiz que é um juiz polêmico, que dividiu a categoria, se não meio a meio, que trouxe insatisfação, nós pedimos para que fizessem um contraponto. Ouvisse uma opinião do mesmo tema, com uma outra visão. Nós sugerimos, inclusive, o ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão. Para nós, a negativa do convite nos deu a certeza de que aqui foi armado um palco que na verdade não é de combate a corrupção”, afirma o procurador de Fortaleza e ex-presidente da ANPM, Guilherme Rodrigues.


Os argumentos contra Moro

Os procuradores argumentam que Moro exerce uma magistratura acusatória, que desrespeita os advogados e a defesa dos réus. “A ele, ao juiz da causa, que deveria ser imparcial, só servem as provas que venham a contribuir com a tese dele, que é acusatória. Um juiz não pode ser acusador”, argumentou a procuradora municipal de Fortaleza Rosaura Brito Bastos.

“Não se combate a corrupção combatendo direitos fundamentais”, reforçou Guilherme. “Quando ele age dessa forma, ele desrespeita o trabalho dos advogados. Não existe hierarquia, não existe uma superioridade. Não se admite que um juiz mande um advogado calar e boca e mande ele fazer concurso para juiz. Nós não queremos ser juízes, nós queremos ser advogados”, completa Rousaura.


As suspeitas

Aqui em Brasília circula na Esplanada dos Ministérios e mais no Congresso Nacional que está sendo montada uma grande operação envolvendo governo, parlamentares, setores da grande imprensa e até membros dos tribunais superiores para provocar o gradativo desmonte da Operação Lava Jato. Parece que chegamos à conclusão que o Brasil não tem mais jeito. De um experiente constitucionalista: “só o povo nas ruas, nas praças e também na Câmara e no Senado salvaria a Operação Lava Jato”. 


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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