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23/03/2018 às 15h42

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Plenário de bordel

Reprodução/Youtube


Para refletir: “O Brasil chegou ao precipício. Agora é esperar o desastre final e fazer um novo começo”.


Plenário de bordel

(BRASÍLIA) - O clima pegou fogo na sessão de quarta-feira (21/3) durante sessão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Os principais envolvidos foram os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, que tiveram uma discussão feia durante o julgamento de ação que discutia a possibilidade de anonimato nas doações feitas a campanhas políticas.

Enquanto proferia seu voto, o ministro Gilmar Mendes fez críticas à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, e disse que ela seria lenta para trazer ações de habeas corpus para análise do plenário. Depois, defendeu a legitimidade das doações feitas por empresas a políticos e passou a criticar decisões e posicionamentos de outros ministros do STF.

O ministro Luís Roberto Barroso visivelmente irritado deu o troco ao patético Gilmar Mendes:

“Você é uma pessoa horrível. Uma mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia. Isso não tem nada a ver com o que está sendo julgado. É um absurdo. Vossa Excelência vir aqui e fazer um comício cheio de ofensas, grosseria. Vossa Excelência não consegue articular um argumento, fica procurando. Já ofendeu a presidente, já ofendeu o ministro Fux, agora chegou a mim. Vida para a Vossa Excelência é ofender as pessoas”.

Barroso continuou: “Vossa Excelência nos envergonha. Vossa Excelência é uma desonra para o tribunal. Uma desonra para todos nós. Um temperamento agressivo, grosseiro, rude. É péssimo isso. Vossa Excelência, sozinho, desmoraliza o tribunal. É muito ruim, muito penoso para todos nós ter que conviver com Vossa Excelência aqui. Não tem ideia, não tem patriotismo, está sempre atrás de algum interesse que não é o da Justiça”.

Barraco instalado a presidente do STF, ministra Carmem Lúcia, decide  suspender a sessão, não sem antes ouvir o ministro Gilmar Mendes gritar histérico : “ Vou recomendar ao ministro Barroso que feche seu escritório de advocacia”.

Cria-se na mais alta corte de justiça uma crise gravíssima que leva o Judiciário brasileiro definitivamente para a vala da podridão dos demais poderes. Nada mais resta em que se acredite ou respeite. São todos iguais. O país apodreceu.


O Brasil está morrendo

(BRASÍLIA) - Na semana passada assisti a uma brilhante palestra da procuradora Renata Coelho Vieira, secretária de Modernização e Gestão Estratégica do Ministério Público Federal, no auditório da Valec – Engenharia, Transportes e Ferrovias S/A. O tema foi “Assédio Moral e Sexual”, como parte da programação pela passagem da Semana da Mulher. Uma narrativa brilhante de quem conhece do assunto, mesmo com a escassez de informações e até de legislação específica existente.

Após o evento, conversando com a jovem procuradora, que tem um trabalho reconhecido mundialmente na área, “Assédio Sexual no Trabalho” publicado inclusive sob chancela da OIT (Organização Internacional do Trabalho), me impressionou seu pessimismo com o destino do Brasil. Para ela, dentro de sua equilibrada e consistente avaliação, o país não tem jeito. “Caminhamos para uma catástrofe, não sei em qual dimensão, mas apenas depois disso poderá surgir um novo Brasil. Esse que está ai, deteriorado, com suas instituições dilaceradas não tem mais retorno, vai para o precipício”.

Não temos como não concordar com a visão da procuradora Renata Coelho, diante do descalabro institucional que vivemos. Muito triste, mas o Brasil está mesmo morrendo.


Se de “perto” é ruim

A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) repudiou em Plenário a proposta em discussão no Conselho Nacional de Educação pela qual até 40% do ensino médio poderá ser feito a distância. Segundo ela, a proposta vai na contramão do que orienta o Plano Nacional de Educação e desrespeita até mesmo a Reforma do Ensino Médio, que prevê escolas de ensino médio em tempo integral.

Para a senadora, a proposta representa a precarização do ensino médio, pois serão firmados convênios com instituições que promoverão a educação a distância para substituir as aulas no ambiente escolar. De acordo com Fátima Bezerra, menos carga horária de ensino presencial significa também menos professores.

— Essa proposta em debate no Conselho Nacional de Educação trata-se de um golpe fatal contra o ensino médio, contra a educação básica pública e contra os trabalhadores em educação.

Ora, temos um ensino falido e ineficiente em todos os níveis, formando gerações de “atrofiados”. Se o ensino de “perto” é ruim imagine com a picaretagem do ensino à distância.


O tempo de Rui

Dizia eu em coluna anteriormente publicada, analisando a insistente cobrança de aliados para uma definição da candidatura do prefeito de Maceió, ao governo do estado: “Rui Palmeira é senhor do seu tempo e assim será sempre. Por conhecê-lo de perto sei que sua decisão está tomada há algum tempo. Apenas deixa amadurecer. Enquanto isso ouve, acompanha, pondera, conversa pouco e a ninguém revela sua decisão já tomada intimamente. Na hora certa, na sua hora, ai sim dirá de sua decisão”. 

E ai está, chegou o seu tempo. Com a responsabilidade que lhe é peculiar, veio a púbico anunciar que não era candidato a governador. Preferiu preservar a família, o seu programa de governo para a capital e “alicerçar” sua caminhada política para o futuro. Não me surpreendeu, pois o conheço de muito perto. Mais uma vez dá provas do seu desapego a cargos importantes, mas que nunca terão o seu tamanho. Bom para Alagoas? Evidente que não. Mas o tempo inexorável é senhor de todas as razões. 


Sem oposição

Com a decisão do prefeito Rui Palmeira em não se candidatar e a saída do deputado Maurício Quintella a oposição esfacelou-se por completo com vistas às eleições. Não há um nome de consistência eleitoral com condições de enfrentar o governador Renan Filho. No cenário político de factoides surgem nomes de “amadores da política” que certamente lançados sofrerão esmagadora e vergonhosa derrota nas urnas. Tudo faz lembrar a eleição de 2014 quando o atual ocupante do Palácio Zumbi dos Palmares concorreu praticamente sozinho. Com a caneta na mão e o poder econômico no bolso já pode mandar fazer a “beca” e “lustrar” a cadeira para mais quatro anos.


A igreja que rouba

O Ministério Público de Goiás deflagrou esta semana a “Operação Caifás” com o objetivo de desarticular uma associação criminosa que atuava desviando recursos de igrejas católicas do Entorno do DF, incluindo Formosa e Planaltina de Goiás. O prejuízo estimado é de mais de R$ 2 milhões. Os fundos teriam sido utilizados, segundo interceptações telefônicas, para comprar fazenda de gado e casas lotéricas. Tudo para fins particulares. O bispo de Formosa Dom José Ronaldo, quatro padres e um monsenhor foram presos. Os recursos eram provenientes de dízimos, doações, taxas oriundas de batismo e casamento, além de arrecadações vindas dos fiéis para a realização de festas religiosas.

Mais uma para a velha e carcomida Igreja Católica juntar aos seus padrecos envolvidos com pedofilia. Uma lástima!! 


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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