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13/07/2018 às 15h21

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A política matou meus sonhos

Arquivo/EBC


Para refletir: O STF vai sepultar a Lava Jato e enterrar o juiz Sérgio Moro. Quem viver verá.


A política matou meus sonhos

Política deve ser discutida e tem que ser discutida, mas em nível recomendável e respeitoso. A “paixão” política até pode ser admitida, mas jamais levada ao ódio, que tira toda a sua virtude. Estudei muito política, fiz sacrifícios e sacrifiquei minha família, quase dois anos fora fazendo meu curso na Universidade de Brasília (UnB). Tive os melhores mestres entre brasileiros e alguns estrangeiros. Ao ser diplomado em 1989 ainda sonhava com o quanto poderia colaborar com a ciência, com meu estado, com meu país. Fui aos poucos me desencantando até que vi esse sonho morrer. Fui um tolo, me especializei em Relações Executivo - Legislativo (pasmem). Não serviu para nada. A própria política matou meus sonhos. ( texto originalmente publicado em minhas redes sociais).

De braço com o crime

Em abril deste ano o juiz Sérgio Moro barrou a visita de nove governadores ao ex-presidente Lula, preso político na carceragem da Polícia Federal de Curitiba, acusado e condenado por vários crimes de corrupção.

Naquela ocasião a “presidenta” nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que acompanhou a comitiva até a PF, protestou contra a proibição do magistrado. “Infelizmente, infelizmente, não conseguimos, pois teve uma decisão judicial que contraria a lei”, disse.

O governador do Maranhão e ex-juiz federal, Flávio Dino (PCdoB) ensinou que “entre as regras da carceragem e a Lei de Execução Penal, todos sabemos que a lei tem primazia. E o artigo 41 da lei diz que o preso tem direito a visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos”.

Sem poder visitá-lo, a comitiva deixou uma carta para o ex-presidente Lula.

Além de Flávio Dino e Gleisi, compareceram à superintendência os governadores Camilo Santana (Ceará), Renan Filho (Alagoas), Ricardo Coutinho (Paraíba), Rui Costa (Bahia), Tião Viana (Acre), Paulo Câmara (Pernambuco), Valdez Gois (Amapá) e Wellington Dias (Piauí), bem como os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Roberto Requião (MDB-PR).

Expostos a um vexame nacional voltaram “com os rabos entre as pernas” para seus estados.

Agora quando do conturbado episódio do “prende e solta do ex-presidente” os mesmos governadores, que guardaram imensa mágoa do juiz chefe da Operação Lava Jato, por tê-los expostos ao ridículo nacional, voltam pateticamente à cena com uma nota oficial pífia, tendenciosa e ridícula na qual condenam o comportamento de Sergio Moro de barrar o cumprimento da decisão do desembargador Rogério Favreto, superior hierarquicamente a ele, para soltar o ex-presidente acusando ainda o Judiciário de “agir parcialmente”.


Afronta ao povo

A descabida nota de solidariedade ao ex-presidente condenado por corrupção, em segunda instancia , mostra claramente a tendenciosa intenção e o despreparo de quem a redigiu e de quem a assinou. Vejamos alguns trechos:

Na manhã de hoje, o povo brasileiro recebia a auspiciosa noticia da libertação do Presidente Lula. O Desembargador competente para apreciar liminares durante o plantão reconduzia o Brasil à senda da legalidade democrática e respondia às aspirações nacionais de reconstitucionalização do país”.

“Lula, como todos os brasileiros, não pode ser beneficiado por privilégios ilegais. Mas também não pode ser perseguido, como evidentemente tem sido.

Apenas a aplicação imparcial das leis que dispõem sobre a liberdade e as condições de elegibilidade podem dar lugar a eleições legitimas em 2018”.

A meu ver se solidarizar com um presidiário condenado e cumprindo pena em razão de crimes de corrupção contra o erário brasileiro é também se aliar e defender aos crimes por ele cometido.

Alguns desses governadores estão concorrendo a reeleição e correm o risco previsível de que os eleitores  os identifiquem como aliados das condenáveis práticas politicas que destruíram a dignidade brasileira.


Insegurança jurídica

(BRASÍLIA) - A senadora Ana Amélia (PP-RS) criticou a expedição do alvará de soltura ao ex-presidente Lula, ocorrida num domingo, que segundo ela, provocou abalo no equilíbrio entre os Poderes da República e disseminou a insegurança jurídica.

Ela sublinhou que o desembargador Rogério Favreto, ao ordenar a libertação de Lula, desrespeitou as instâncias superiores da Justiça, incluindo o Supremo Tribunal Federal, e sua decisão foi classificada como incabível pela presidente do STF, Cármen Lúcia, e pelo Procurador-Geral da República em exercício, Humberto Medeiros.

- Mas o que nós vimos neste domingo foi uma inversão de valores. E parece toda uma ópera ensaiada, uma manobra jurídica, eu diria, uma chicana muito bem ardilosamente preparada, como se ninguém fosse perceber o que estava acontecendo - frisou.

Ana Amélia elogiou a revogação do alvará de soltura de Lula, mas lamentou o aumento da incerteza sobre a situação institucional brasileira. Ela avaliou que a “confusão jurídica” leva o país a um nível impensável de instabilidade quando faltam três meses para as eleições.

A senadora ainda pediu regras mais claras de suspeição e impedimento de magistrados e mencionou a nota da União Nacional dos Juízes Federais em repúdio à decisão de Rogério Favreto.


Renan e Mauricio

Com a saída do ex-ministro Marx Beltrão do páreo, após resistência direta e explícita, muda o quadro na disputa para o Senado Federal. Cresce a candidatura do deputado Mauricio Quintella, que está entre os primeiros avaliados na capital e interior. Bem articulado, com o maior volume de benefícios para os municípios entre a bancada alagoana em Brasília, colhe frutos importantes e segue em frente na busca pelo mandato de senador. Enquanto isso vai deixando para trás o senador Benedito de Lira e o novato Rodrigo Cunha (ambos estacionaram nas avaliações ) . É possível que já nas próximas pesquisas seja acentuado o distanciamento do hoje imbatível Renan Calheiros e de Mauricio Quintella rumo à vitória eleitoral.


Rui Palmeira, o melhor

Não me surpreendo com o prefeito Rui Palmeira porque o conheço desde menino, praticamente o vi nascer. Tenho uma relação de irmandade com seus pais. O acompanho a cada eleição que participou. A primeira vez votei pelo carinho, pela certeza de um bom politico de origem e formação. Dai por diante valeu sua competência, seriedade e compromisso com o interesse público. Não se apega ao poder. Deu um exemplo de grandeza  ao abrir mão de uma candidatura ao governo, com amplas chances de vitória e optando permanecer administrando Maceió. Decidiu que não era seu tempo e esse tempo é ele que faz, jamais seria pautado por outros interesses ou pela vaidade nem sempre responsável de muitos. Tem planos grandes e realizáveis para implantar na capital, precisa sim, sacudir a sua jovem equipe e destravar setores da administração que atrapalham mais do que ajudam. Por fim peço para anotar: ao final de seu mandato será um dos maiores prefeitos da história de Maceió. 


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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