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30/11/2022 às 08h40

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Transição de Lula é um Fabeapá


PARA REFLETIR

Pagamos muito caro, pelos políticos que temos. E não temos como eliminar essa praga. Quando podemos não fazemos (o voto)


Transição de Lula é um Fabeapá

(BRASÍLIA) - Alguns devem estar sem saber o que significa “Febeapá”, que foi uma série de livros, lançada na década de 70, de autoria do Memorável Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto), cujo título era “Festival de Besteiras que Assolam o País”, reunindo histórias de política e de políticos, geralmente mostrando o ridículo desse meio. Acompanhando a montagem da transição do futuro governo do presidente Lula não tenho dúvida de que essa “opera bufa”, poderia servir de inspiração para o autor fazer um livro, se vivo fosse.

A transição que já sendo chamada de “Feira do Lula” virou uma bagunça desde que começou a anunciar os “notáveis” para sua composição entre políticos, empresários, líderes classistas, ambientalistas, e muitos outros segmentos da sociedade. O Centro Cultural Banco do Brasil recebe todos os dias os que trabalham (ou tentam) e os que só vão aparecer e atrapalhar. Ninguém me contou, eu vi pessoalmente.

Opinião minha: com o anúncio esta semana do nome do ator pornô, Alexandre Frota, para a Comissão Temática de Cultura, arrisco que esse negócio não vai dar certo.

Sem ministro

Bem que o senador Renan Calheiros tentou e continua tentando, mas não aplicará ninguém pra chamar de seu no ministério do futuro governo Lula. Aqui ele é cacique, mas no planalto a conversa é outra e tem muita gente maior em grau de importância política. O velho Calheiros passou seu tempo de “senhor do Senado”, onde deu as cartas por um longo período. Por fim, tenta negociar uma vice-presidência na casa, para o senador Renan Filho.

Isso não quer dizer que não terá muito prestígio em Alagoas, embora, ao que tudo indica dividindo com o arqui-inimigo Arthur Lira.

Fernando Farias

O empresário Fernando Farias, muito conhecido e prestigiado no setor, não é nenhum estreante no meio político alagoano. Embora sem atuar no campo protagonista, tem um relacionamento estreito com todas as tendências partidárias e participou sempre dos bastidores, quando foi convidado para ser o primeiro suplente do senador Renan Filho e topou, para contribuir. Terá oito anos na “reserva”, mas com convocações para assumir a titularidade. Se em 2024, o senador virar governador, aí tem quatro anos de mandato. Merecido.

Rodrigo Cunha

Acredito muito mais na história contada pelo senador Rodrigo Cunha, em relação a dois prefeitos que devolveram dinheiro de emendas suas ao governo federal, que seriam aplicadas em importantes obras nos municípios citados. Cunha cumpriu o seu papel, instado pelos administradores. Mas aqui em Alagoas é assim, pois os políticos, em sua maioria, estão pouco ligando para o interesse público.

As rusgas e os ódios da campanha permanecem acesos até que a próxima chegue para um novo embate.

E quem perde é o povo.

Governo é governo

Não vejo como saudável esse negócio de instituições de classe, como trade turístico, sindicatos e afins, tentarem impor ao governo a escolha de seus integrantes para fazer parte do secretariado. As experiências têm sido desastrosas e danosas à administração pública.  O governador Paulo Dantas parece que quer mudar essa história. Indicar pode, mas a análise e nomeação é do próprio governador.

As negociações são políticas e técnicas e quem manda é quem teve os votos para se eleger.

Sem prestígio

Pela segunda vez Maceió foi a única capital do Nordeste na qual Lula foi superado pelo presidente Jair Bolsonaro, nas eleições, 42,82% (204.887) 57,18 (273.549). Lula é rancoroso e vingativo e não deve perdoar o descuido dos seus aliados por aqui. Será improvável sobrar qualquer cargo a nível de ministro para nós e certamente os recursos federais terão mais dificuldade na tramitação para o estado e municípios.

Com prestígio

Considerada o destaque da bancada federal de Alagoas, a deputada Tereza Nelma não conseguiu se reeleger, por conta de densidade eleitoral do seu partido (PSD), mesmo com uma boa votação individual.

Continua sendo a maior referência política na Assistência Social do estado e deverá ser convocada para o governo local ou federal. Destaque para ela que é a única alagoana a participar da Comissão de Transição, do governo Lula.

Sobre o assunto disse Nelma: “Tenho a alegria de anunciar que faço parte oficialmente da equipe de transição do Governo Federal. Fui convidada a compor o grupo de desenvolvimento social e combate à fome e acolho com muita responsabilidade mais essa missão.


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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