Trazer perspectivas promissoras para o ambiente carcerário é um trabalho constante da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris). Em parceria com o Instituto Raízes de África, a pasta ampliou as ações no Presídio Feminino Santa Luzia para emponderar as mulheres por meio de debates sobre gênero e raça.
Nesta sexta-feira (6), a Seris junto com o Instituto realizou um Sarau de Poesias Pretas no Espaço Multieventos. No evento ocorreram apresentações culturais com voz e violão, declamações de poesias e performances artísticas. A coordenadora do Instituto Raízes de África, Arísia Barros, destaca a importância do momento no processo de ressocialização.
“Realizamos uma série de atividades graças ao apoio do secretário da Ressocialização, coronel Marcos Sérgio de Freitas, e dos agentes penitenciários Esse é um momento que dialogamos e discutimos a temática negra a partir das poesias. Os versos trazem trazer paz e a nossa alma precisa disso”, disse.
Keilla Soares, reeducanda que representou a unidade no 8º Ciclo de Conversas Negras, durante a 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, declamou uma poesia escrita colaborativamente pelas internas da unidade.
Para a custodiada, momentos como estes oportunizam uma reflexão. “Muitas de nós já nos consideramos mulheres ressocializadas graças a mudança na forma que somos tratadas. Os agentes nos tratam bem e nós também. A mudança começa a partir daí, das oportunidade que estamos recebendo para aproveitar as oportunidades e criar perspectivas”, afirma.
A chefe da unidade, agente penitenciária Geórgia Hilário, destaca os benefícios da iniciativa na vida das internas. “A cultura é sempre bem-vinda e essas apresentações tornam o cárcere menos pesado e o reflexo disso é o melhor comportamento das internas no presídio. Abrimos as portas do Presídio Santa Luzia para que elas conheçam a cultura da poesia e arte”, afirma.
Fonte: Agência Alagoas