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18/10/2017 às 11h32

Geral

Médico do HGE é escolhido para receber medalha Sylvio Vianna

Com um uma carga horária semanal de 24 horas na unidade hospitalar, Paulo Valões também repassa seus conhecimentos para os acadêmicos de Medicina - Neide Brandão

O plantão de 12 horas no maior hospital público de Alagoas parece pequeno para o médico cirurgião geral Paulo Cesar Pereira Valões, de 58 anos, mais de 30 deles exercendo sua profissão. Ele não para! Avalia um paciente aqui, encaminha outro para a cirurgia ali.

Conversa com cada um, escuta, orienta, toca o corpo e alma. E diante do trabalho que realiza no Hospital Geral do Estado (HGE), foi escolhido pelos servidores para receber a Medalha do Mérito Sílvio Vianna, que será concedida, pelo Governo do Estado, a 10 servidores públicos estaduais. A cerimônia vai ocorrer nesta quinta-feira (19), às 19h, no Teatro Deodoro, no Centro de Maceió, um dia após às comemorações alusivas ao Dia do Médico, que ocorrem nesta quarta-feira (18).

Com um uma carga horária semanal de 24 horas na unidade hospitalar, o profissional, que atende os casos graves de pacientes vítimas de tiros, facadas, acidentes de trânsito, apendicite, e perfuração intestinal, também repassa seus conhecimentos para os acadêmicos de Medicina. São, aproximadamente, três cirurgias por plantão, sem contar os procedimentos menos invasivos e uma infinidade de atendimentos. Ele costuma acompanhar o completo restabelecimento de cada um de seus pacientes.


“Sempre quis ser médico, mas não gosto de ficar parado esperando me chamarem para uma ocorrência. Gosto de estar junto aos estudantes, ensinar e aprender com eles. Sempre dedico parte do meu plantão a visitas aos pacientes que operei e já estão em enfermarias. Quero conversar com eles, saber como estão, acompanhar o pós-cirúrgico”, diz Valões.


Trabalhando a Medicina com seriedade e sendo exemplo e referência para estudantes e profissionais, ele é o tipo de médico que não descansa até atender a todos, sem distinção de credo, raça, religião ou índole, sempre buscando zerar a fila de atendimento. “Eu sou o médico. Minha função é resolver as questões de saúde do paciente. A vida dele fora do hospital é outra coisa! Se chega um baleado, não importa se é do bem ou se é do mal, se é bandido ou se é polícia. Se é grave, ele precisa ser operado”, enfatizou.


Formado em medicina pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o cirurgião ainda pensou em se especializar em obstetrícia, uma paixão da época de estudante, mas, ao conhecer as cirurgias de abdômen e ser incentivado por médicos, na época de estágio, que relatavam sua habilidade, decidiu pela cirurgia geral. Hoje é especializado na área de trauma e cirurgia geral. 

Além do HGE, trabalha em um hospital particular e atua como auditor de um plano de saúde. No Estado, começou a exercer sua profissão em 1986 como serviço prestado, sendo locado no então Hospital de Pronto Socorro. Em 1988 foi aprovado no concurso para o hospital que hoje é o HGE. Já foi chefe de plantão e coordenador da cirurgia geral.

Vida de Atleta


Há cerca de seis anos, Valões não utiliza mais automóvel. É maratonista e se habituou a correr até o HGE. São dez quilômetros até a unidade hospitalar e, depois que chega, não para mais até atender o último paciente, sempre com dedicação, atenção e muita paciência. Se for preciso, pega maca, forra com lençol e faz o que pode para que o paciente receba o melhor atendimento.

O aposentado Valdemiro Alexandre da Silva, 70 anos, foi um dos pacientes atendidos pelo cirurgião. Morador do município de Palmeira dos Índios, o paciente retirou a vesícula há três meses no município onde reside. Mas algo deu errado e, duas semanas depois, seu estado de saúde se agravou, em decorrência de uma infecção na região. Foi ao HGE onde o médico realizou uma laparotomia exploradora para drenagem de múltiplos abscessos intra-abdominais.


“Sinto-me novo, outro homem! Agora é só me restabelecer por completo. Graças a Deus fui encaminhado para o HGE e atendido por este anjo que é o doutor Paulo, médico muito humano e dedicado ao que faz”, disse o aposentado palmeirense.

Como sempre diz o próprio Paulo Valões, o médico escolheu atender seus pacientes, o paciente não escolheu estar no hospital. “Ele está sofrendo, não pediu pra levar um tiro, não pediu para sofrer um acidente, não pediu para cair da moto. Eu escolhi estar ali para atender. Essa escolha foi minha e é minha responsabilidade auxiliar a cura”. Valdemiro recebeu este auxilio. Ele deixa o centro cirúrgico feliz da vida pelo atendimento recebido e com a saúde restaurada.


Fonte: Assessoria

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