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04/05/2024 às 11h30

Geral

Coleta seletiva garante renda digna a recicladores com apoio da Prefeitura de Maceió

Com a contratação das cooperativas de reciclagem pelo Município, trabalhadores recebem mais de um salário mínimo

Sandra Oliveira, cooperada e tesoureira da Cooplum, conta como a reciclagem mudou a vida dela. - Alisson Frazão / Secom Maceió

Quem viveu de catar materiais recicláveis em meio a todo tipo de resíduos, no Lixão de Maceió, até a década de 2000, quando a cidade não tinha aterro sanitário, vê na prática o quanto a capital avançou no quesito coleta seletiva.

A disputa do espaço com os caminhões, os acidentes com objetos cortantes, o risco de contaminação por doenças, a convivência com ratos e outras pragas ficaram no passado. E atualmente, com incentivo do poder público municipal para a reciclagem, as condições de trabalho sofreram uma grande transformação, para melhor.

Clesinalda Digno Ribeiro é testemunha e prova da mudança. Ela trabalhava no Lixão, em Jacarecica, e sobrevivia como dava, coletando o material que era despejado pelos caminhões sem qualquer separação.

Depois do fechamento do espaço, por determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10), ela entrou na Cooperativa de Recicladores de Lixo Urbano de Maceió (Cooplum), criada pelos antigos catadores. Mas sem o devido incentivo dos governos anteriores, a renda mensal dos cooperados variava entre R$ 40 e R$ 100.

Com a contratação das cooperativas pela Prefeitura de Maceió para executar a coleta seletiva no Município, a renda começou a melhorar. E desde o ano passado, quando o contrato foi ampliado e mais que triplicou o número de residências atendidas - de 16 mil para 50 mil - os profissionais passaram a receber uma remuneração digna, maior até que um salário mínimo.

“A gente sofreu para chegar aqui. Era difícil. A minha vida melhorou quando eu vim pra cá. Aqui tem segurança, tem higiene, tem tudo. Antes, era muito material misturado, era fralda, era um monte de coisa, e agora com a educação ambiental, está melhorando mais. Tudo que vem pra cá é renda para nós. E hoje é uma renda digna”, comemora.

A tesoureira e cooperada da Cooplum, Sandra Oliveira, reforça a importância da contratação da Prefeitura para a coleta seletiva e para os recicladores. Ela destaca que o estímulo do poder público promoveu uma melhora gradativa na quantidade de recicláveis coletados e, com isso, elevou a renda. E ainda, o serviço ganhou mais visibilidade com as ações de educação ambiental por parte da Autarquia de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb).

“Permitiu alcançar um patamar que a gente não tinha. A gente hoje tem uma demanda de material bem razoável e quer que continue aumentando. Com a nova contratação, a gente conseguiu aumentar mais um pouco, porque está tendo mais campanha e mais consciência das pessoas sobre o que realmente é material reciclável. A prefeitura faz essa junção e ajuda tanto o meio ambiente como as famílias cooperadas”, explica.

Assim como Clesinalda, Sandra também viveu uma mudança de vida a partir da entrada na cooperativa. Há seis anos na Cooplum, ela conta que comprou a casa dela com a renda da reciclagem, depois de um período em que ficou desempregada e morando de favor.

Na mesma época, ela também se casou e, há nove meses, adotou com a esposa uma menininha, hoje com quase dois anos de idade.

“Eu praticamente nasci aqui. Foi quando a minha vida realmente começou. Tudo que eu tenho, tudo que eu construí, veio a partir daqui. Minha casa, minha família, minha filha, minha esposa, meu casamento. A Cooplum mudou a minha vida. Aqui são todos cooperados, é como se todos fossem donos. A gente tem um salário digno. Hoje, você sabe o que você vai fazer todo final de mês, você tem um dinheiro que pode contar”, diz.

Reciclagem

A coleta seletiva em Maceió viabilizou o recolhimento de 1.765 toneladas de recicláveis só no ano passado. Cinco cooperativas atuam no setor: Coopvila, Cooplum, CoopMundaú, Cooprel Antares e Cooprel Benedito Bentes. Elas fazem o recolhimento nas residências e pontos comerciais cadastrados e também nos 32 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), espalhados pelas principais vias e praças da cidade.

Sandra Oliveira explica que o material mais rentável e viável para a reciclagem é a garrafa PET. A caixinha de papelão, como a de leite líquido, é outro produto que rende bons valores, mas a quantidade que chega aos galpões ainda é pequena.

Papelão, plástico e até equipamentos eletrônicos também estão muito presentes na reciclagem. Mas o que ainda precisa mudar é a forma como o material é entregue aos recicladores.

“A gente ainda recebe muitos resíduos misturados. Às vezes, as pessoas mandam com seringas, lixo de banheiro, resto de alimentos. Então são condições que até para trabalhar é difícil. Hoje, a gente tenta melhorar essa questão da consciência das pessoas. Não precisa estar lavado, mas que retire lixo de banheiro, lixo orgânico, que realmente são resíduos que vão para o aterro sanitário”, reforça.

Para saber mais sobre a coleta seletiva de Maceió, a Prefeitura disponibiliza em seu site na internet, na página da Alurb, os telefones e endereços de todas as cooperativas, a lista do material que pode ser reciclado e os endereços dos Pontos de Entrega Voluntária.


Fonte: Secom Maceió

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