Na abertura do 6º Congresso Petista, em São Paulo, sexta-feira passada, 5, o ex-presidente Lula cutucou a imprensa e já anunciou que se for eleito em 2018 para o terceiro mandato na presidência do Brasil, vai regulamentar a mídia.
Esse é um discurso antigo do PT que acabou não prosperando nos 13 anos em que o partido esteve no poder, mas que agora virou uma das bandeiras da campanha antecipada de Lula para voltar ao Palácio do Planalto.
Lá em 2009, já opinava Lula sobre a imprensa brasileira: “ela se excede, despreza os fatos e embarca em campanhas, divulga inverdades ou mesmo dissemina calúnias e infâmias". Sete anos depois, o petista queixa-se de que todo dia jornalistas dizem que ele vai ser preso: “Faz dois anos que eu ouço isso. Se eles não me prenderem logo, quem sabe um dia eu mando prendê-los por mentir”.
Em entrevista à Folha de São Paulo, em 22 de outubro de 2009, Lula já sentenciava sobre o papel da imprensa no Brasil: o de informar, não o de fiscalizar, e ensinava a alguns meios de comunicação:
“Para ser fiscal, tem o Tribunal de Contas da União, a Corregedoria-Geral da República, tem um monte de coisas. A imprensa tem de ser o grande órgão informador da opinião pública. Essa informação pode ser de elogios ao governo, de denúncias sobre o governo, de outros assuntos. A única que peço a Deus é que a imprensa informe da maneira mais isenta possível, e as posições políticas sejam colocadas nos editoriais.”
*Com informações da Folha de São Paulo e O Globo
Fonte: Redação