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16/11/2020 às 21h00

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Concussão cerebral


A concussão cerebral é caracterizada quando a pessoa apresenta alterações das funções cerebrais após um trauma crânio-encefálico, evoluindo com perda transitória da consciência por alguns segundos ou minutos, podendo, em alguns casos, chegar a 6 horas dependendo da força do impacto na cabeça. 

Na fisiopatologia da concussão cerebral, podemos relatar que acontecem alterações nos neurônios devido a um processo de aceleração e desaceleração do cérebro dentro da calota craniana. Portanto, a concussão cerebral acontece em função de uma força externa direcionada contra o crânio, face e pescoço, resultando na disfunção neurológica rápida e transitória, melhorando em seguida - espontaneamente - e, na maioria dos casos, sem deixar sequelas no cérebro. 

Os sintomas estão relacionados diretamente à força aplicada no trauma, onde pode promover alterações funcionais e ou estruturais. Os principais são: dor de cabeça, náuseas e vômitos, tonturas ou problemas de equilíbrio, visão dupla ou embaraçada, sensibilidade à luz e a ruídos, sensação de atordoamento, sensação de estar mentalmente nebuloso com dificuldade de concentração e de memória.

Atualmente temos o aumento da incidência da concussão cerebral, que acomete tanto crianças como adultos, devido principalmente à prática de esportes de contato, como: futebol, luta marcial, hóquei, futebol americano, entre outros, onde ocorre com certa frequência choque de cabeça com cabeça entre os atletas ou praticantes destes esportes. Vale salientar que a concussão cerebral não ocorre apenas no esporte, temos também os acidentes automobilísticos, motociclístico, ou acidentes domésticos onde pode ocorrer um trauma na cabeça. 

Como tratamento temos como conduta promover o descanso do atleta ou pessoa lesionada, evitando esforço físico, assim como, o esforço mental até cessarem a sintomatologia, podendo usar analgésico. Deve-se evitar o uso de antiinfmatório para evitar risco de sangramento.

Via de regra, a concussão cerebral não provoca alteração estrutural nas células (neurônios) do cérebro, mais podemos utilizar a tomografia computadorizada do crânio em casos mais graves e para afastar outras patologias.

Na grande maioria dos casos a evolução da concussão cerebral é satisfatória, mas em caso mais grave, pode o paciente evoluir com algumas sequelas como: Epilepsia, dor de cabeça crônica, tonturas frequentes, vertigens ou perda da memória. 

Mito ou Verdade: a pessoa que bateu com a cabeça pode dormir? Não há uma contra- indicação absoluta de que a pessoa não pode dormir, entretanto, ao dormir, o exame físico realizado pelo médico fica prejudicado, uma vez que, o médico, não sabe se a pessoa está dormindo ou com “perda da consciência”. 

Portanto, diante de um trauma em crânio independente da intensidade, se a pessoa apresentar alguns dos sintomas apresentados no texto procure um pronto atendimento mais próximo, para que possa ser examinado por médico. 


Dr. Rogério por Dr. Rogério Barboza

Rogério Barboza da Silva é alagoano, médico ortopedista. É preceptor de  residência médica em ortopedia e traumatologia do Hospital Veredas. Coordena a Liga Acadêmica de Ortopedia e Traumatologia (LAORTT/UNIT) e o Núcleo de Assistência do Pé Torto(NAPTC). É Professor Especialista do  curso de medicina da UNIT/AL.

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