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01/07/2024 às 09h00

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No meio do caminho

E aí meu querido leitor, minha querida leitora, já se deram conta de que o primeiro semestre do ano praticamente se foi? Pois é, com a vida a cada dia mais corrida, quando menos se espera lá estamos nós às voltas com as férias de julho e, quem sabe, já pensando em como serão os festejos do próximo Natal e Ano Novo. Muitos dos que têm filhos em idade escolar aproveitam também o momento para aquela revisãozinha básica nos boletins e, baseando-se no que encontram, decidir se os pequenos viajarão ou frequentarão aulas de reforço para recuperarem – ainda há tempo! – matérias que ficaram perdidas pelo meio do caminho. Simples e estratégico pois, com seis meses do ano a decorrer, ainda é possível corrigir caminhos que porventura os levariam ao desastre acadêmico, não é mesmo?

Diante de um método amplamente testado (convivo com ele diariamente, no meu ofício de professor!), fico imaginando porque não fazemos o mesmo quando o assunto é dinheiro: para aqueles que me acompanham na leitura e seguiram as dicas dadas no início deste ano sobre como traçar as metas financeiras pessoais, a ocasião é ótima para a revisãozinha básica nas próprias contas: com metade do ano decorrido, espera-se que metade dos objetivos financeiros também tenham sido cumpridos; e aqui também a conferência dos números dirá se poderemos viajar descansados ou precisaremos de reforços extras em nossos saldos para evitarmos desastres orçamentários, que tal?

Não importando se sua meta era a de aumentar o tamanho de seu patrimônio ou a de diminuir o saldo de suas dívidas, a questão relevante passa a ser: o que fazer se ainda não chegou lá? Bem, minha sugestão é que você faça uma radiografia de suas contas a fim de identificar os causadores do insucesso, que podem ou não vir combinados: (1) receitas menores; (2) despesas maiores; (3) rentabilidade das aplicações abaixo da esperada; (4) juros pagos pelos empréstimos superiores ao esperado. 

Pode ser que suas metas tenham sido ambiciosas demais – mesmo empresas com larga experiência orçamentária incorrem neste erro – mas não custa lembrar que o cenário econômico atual também não ajudou, pois,  a inflação deu sinais de vida (tornando preços e despesas mais salgadas), a bolsa paulista ainda não se firmou e por fim, houve um aperto nos juros e nas condições de crédito (o que provocou a elevação das prestações). Está aí a inadimplência que não nos deixa mentir...

É hora portanto de repensar a estratégia, caso você queira mesmo uma correção de rota: (1) Receitas: talvez seja o mais difícil de você corrigir pois envolverá brigar com o mercado – no caso dos não assalariados – ou com o chefe – à cata de um aumento salarial. (2) Despesas: sempre mais simples de se controlar. Pesquise preços, troque marcas, deixe o carro em casa, enfim, faça tudo ao seu alcance para ganhar este combate. (3) Aplicações: hora de proteger patrimônio, aproveitando as taxas de juros oferecidas nos títulos do governo para compensar as incertezas externas e internas que hoje afetam negativamente mercados de risco como a bolsa. (4) Empréstimos: Reduza o saldo de seus compromissos, começando por aqueles que cobrem as maiores taxas de juros... Não se esqueça que atualmente você conta com a portabilidade também no crédito! Mãos à obra!

Um grande abraço e até o próximo semestre


Inteligência Financeira por Roberto Zentgraf

Graduado em Engenharia Civil (UFRJ), teve experiência profissional construída marcadamente na área financeira, iniciada na Controladoria do Grupo Exxon Foi professor no Grupo Ibmec lecionando disciplinas da área financeira (Matemática Financeira, Estatística, Finanças Corporativas, Gestão de Portfolios, dentre outras)

Paralelamente a estas atribuições, passou a assinar uma coluna semanal sobre Finanças Pessoais no jornal O Globo, tendo a oportunidade de esclarecer as principais dúvidas dos leitores sobre orçamento pessoal, dívidas, aposentadoria, financiamento imobiliário e investimentos. O sucesso atingido pela coluna proporcionou inúmeras participações em palestras, comentários na mídia escrita e televisiva, além da publicação de outros sete livros tratando o tema.

Após obter a certificação de planejador financeiro (CFP® Certified Financial Planner) associou-se à BR Advisors, grupo especializado em soluções financeiras.


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