Com o Natal se aproximando e, para aqueles que estão empregados, a receita extra do décimo-terceiro a engordar contas bancárias, é chegada a hora de relaxar e aproveitar a ocasião para comemorar em família e com os amigos, em clima de total confraternização.
É hábito já devidamente arraigado em nossa cultura a troca de presentes entre aqueles que se querem bem, e é sobre isso que escreverei o artigo de hoje, com algumas dicas para que você, meu querido leitor, planeje melhor suas compras de Natal. Sendo uma decisão pessoal de cada um, é claro que não faria sentido eu me meter para influenciar aquilo que você irá comprar, mas, em termos gerais, o que listo a seguir é válido para a maioria das situações. Vamos lá?
(1) Como normalmente não nos limitamos a presentear apenas uma única pessoa, mas sim várias – a esposa, o marido, os pais, os filhos, os amigos mais chegados – é importante que se faça um pequeno orçamento, onde além dos presentes, você também inclua os gastos com a festa, caso seja sua esta responsabilidade. Acho conveniente que o total apurado caiba nas suas contas de dezembro e, no caso de parcelamentos, nas suas contas de janeiro em diante, não se esquecendo que o início de ano traz despesas adicionais, tais como férias, impostos, matrículas escolares dentre outros.
(2) Estabelecido tal limite, tente cumpri-lo e, caso um presente saia mais caro do que o esperado, compense o acréscimo comprando algo mais barato para o próximo da lista. Por vezes, também é legal ter uma lista de prioridades, como por exemplo para as crianças, cuja expectativa com o que irão receber é usualmente maior do que a dos adultos!
(3) Uma certa antecedência nas compras também evita o corre-corre costumeiro, mesmo que digam que deixando-se para o final os preços fiquem mais atraentes – pois as lojas temem os encalhes. Por experiência própria, ainda prefiro o conservadorismo pois com mais calma, consigo uma melhor relação satisfação/preço.
(4) No caso dos Itens mais caros, antes de comprar, pesquise: encartes e sites de busca na Internet às vezes apontam diferenças de mais de 50% entre as lojas, o que decerto permitirá presentes melhores e não necessariamente mais caros.
(5) Em tempos de tanto comércio eletrônico, também é válido verificar se não há diferenças de preço entre a loja de rua (ou de shopping) e sua correspondente versão on-line. Mas neste caso, sugiro observar prazos e condições de entrega, além de, obviamente, pesquisar sobre a reputação da loja. Amigos ou parentes que já tenham comprado em determinado site fornecem uma boa referência e, na dúvida, o site do Procon (www.procon.sp.gov.br), poderá ajudá-lo em mais informações, tendo até mesmo publicado um Guia de Comércio Eletrônico, vale conferir.
(6) Para quem faz a ceia, aproveitar as ofertas dos supermercados é sempre indicado e, considerando que dificilmente um único estabelecimento vende todos seus produtos mais baratos que a concorrência, talvez seja o caso de dividir sua lista, comprando-a em vários lugares.
(7) Com a recente alta do dólar (nesta época do ano passado oscilava em torno dos R$ 4,85 contra os R$ 6,15 atuais), é possível que alguns produtos importados – principalmente os que compõem a ceia – tenham ficado mais caros, eventualmente inviabilizando seu orçamento. Que tal ser criativo e aproveitar novas receitas culinárias com produtos nacionais?
(8) Em casos mais delicados, para os que convivam com orçamentos apertados, tenho duas sugestões: (a) propor amigos ocultos, ao invés de comprar presentes para cada pessoa; (b) se juntar com outros parentes ou amigos para dar aquele presente mais caro, como o videogame, o celular, ou a bicicleta, dentre outros.
(9) Vale lembrar também que quem deve gostar do presente é o presenteado e não você. Cuidado especial ao comprar roupas para adolescentes, tecnologia para pessoas com mais idade ou itens que dependam de prova, como vestuário, por exemplo.
(10) Por fim, se o beneficiário de sua generosidade gostar de ler, não descarte a possibilidade de presenteá-lo com um bom livro. Há ótimos lançamentos nesta época e você ainda estará incentivando a cultura, a forma de escrever e de falar de quem recebe, sem contar que ler é um extraordinário lazer a custo baixo: 400 páginas custam em média R$90, e garantem pelo menos 10 dias de entretenimento, que tal?
Um grande abraço e até a próxima!
Graduado em Engenharia Civil (UFRJ), teve experiência profissional construída marcadamente na área financeira, iniciada na Controladoria do Grupo Exxon Foi professor no Grupo Ibmec lecionando disciplinas da área financeira (Matemática Financeira, Estatística, Finanças Corporativas, Gestão de Portfolios, dentre outras)
Paralelamente a estas atribuições, passou a assinar uma coluna semanal sobre Finanças Pessoais no jornal O Globo, tendo a oportunidade de esclarecer as principais dúvidas dos leitores sobre orçamento pessoal, dívidas, aposentadoria, financiamento imobiliário e investimentos. O sucesso atingido pela coluna proporcionou inúmeras participações em palestras, comentários na mídia escrita e televisiva, além da publicação de outros sete livros tratando o tema.
Após obter a certificação de planejador financeiro (CFP® Certified Financial Planner) associou-se à BR Advisors, grupo especializado em soluções financeiras.