Ano novo, vida nova! Muitas resoluções e esperanças no ar, mas de concreto mesmo, o que vi até agora, foram bonitas queimas de fogos nas praias, Brasil afora. E vale registrar: pelo que pude constatar, tudo funcionou muito bem, sem acidentes ou violência, pessoas felizes se confraternizando. Sinal de que quando se quer, se chega lá: parabéns aos organizadores das festas!
Espero que vocês, meus queridos leitores, minhas queridas leitoras, também tenham comemorado satisfeitos a entrada do ano, e que esta não seja a única comemoração a fazer ao longo de 2025, pois pelo que li, as opiniões de analistas e gestores oscilam entre otimistas – recomendando cautela – e as pessimistas – alegando que o ano já começa perdido, em função dos grandes desafios que nos esperam: déficit público e inflação em alta – o que alimenta a ciranda dos juros altos – dólar nas alturas – o que encarece produtos importados ou que tenham componentes importados ou ainda, que tenham seus preços definidos nos mercados internacionais – petróleo, por exemplo... E a tudo isso, somemos as incertezas vindas do exterior: crescimento modesto da China, aumento do protecionismo de nações desenvolvidas, para ficarmos nos assuntos que mais têm saído na imprensa.
Pelo exposto, entendo que 2025 será um ano de redobrada atenção quanto aos investimentos, e seguem os meus votos, úteis, acredito, em qualquer cenário!
1 Eficiência: sob o ponto de vista financeiro, quando duas ou mais aplicações apresentam o mesmo nível de risco, a aplicação eficiente será aquela que render mais ou, alternativamente, quando duas ou mais aplicações apresentam o mesmo nível de risco, a eficiente será aquela com o menor risco. Opte sempre pelas aplicações eficientes! No caso dos investimentos em renda fixa ou DI, por exemplo, a opção Tesouro Direto, na maioria dos casos, é mais eficiente do que fundos de investimento que cobrem taxas de administração elevadas;
2 Paciência: exceto nos casos de heranças, prêmios ou golpes (em casamentos, fraudes ou outros), juntar patrimônio demora, e requer um trabalho persistente de poupança, que no longo prazo costuma trazer excelentes resultados. Por exemplo, com uma taxa real de juros (já expurgada do efeito da inflação) de quase 8% ao ano (vide títulos públicos com correção pelo IPCA), seu capital investido hoje dobrará a cada 10 anos, que tal?
3 Equilíbrio: excesso de otimismo faz com que não enxerguemos avisos óbvios, tornando-nos vulneráveis ao desastre. Por outro lado, excesso de pessimismo – ou conservadorismo – talvez nos deixe de fora de boas oportunidades. O melhor caminho será sempre o equilíbrio nos investimentos, isto é, a boa e tradicional diversificação.
4 Humildade: em mercados de risco, pouquíssimos conseguem, no longo prazo, obter resultados consistentemente superiores à sua média. Assim, ao invés de gastar seu tempo bolando estratégias únicas de ganho, seja mais humilde: estude-o, colecione informações, aprenda técnicas de como operar. E, caso sobre alguma energia para contar vantagens, conte-nos, mas somente após ter realizado seus lucros!
Um grande abraço e até a próxima semana!
Graduado em Engenharia Civil (UFRJ), teve experiência profissional construída marcadamente na área financeira, iniciada na Controladoria do Grupo Exxon Foi professor no Grupo Ibmec lecionando disciplinas da área financeira (Matemática Financeira, Estatística, Finanças Corporativas, Gestão de Portfolios, dentre outras)
Paralelamente a estas atribuições, passou a assinar uma coluna semanal sobre Finanças Pessoais no jornal O Globo, tendo a oportunidade de esclarecer as principais dúvidas dos leitores sobre orçamento pessoal, dívidas, aposentadoria, financiamento imobiliário e investimentos. O sucesso atingido pela coluna proporcionou inúmeras participações em palestras, comentários na mídia escrita e televisiva, além da publicação de outros sete livros tratando o tema.
Após obter a certificação de planejador financeiro (CFP® Certified Financial Planner) associou-se à BR Advisors, grupo especializado em soluções financeiras.