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14/04/2025 às 19h20

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Os sete pecados capitais...

Ou seriam os sete pecados do capital?


Os sete pecados capitais...

Ou seriam os sete pecados do capital? Vou deixar para que você, meu querido leitor, minha querida leitora, decida e, enquanto feliz da vida pensa no chocolate que irá ganhar neste Domingo (aproveitando o título da coluna, atenção à gula!), reflita que pontos da listinha abaixo fazem parte do seu dia a dia!

(1) Ser displicente com os extratos: Não estar nem aí para a correspondência que o seu banco ou administradora de cartão lhe enviam, é sintoma de uma vida financeira descontrolada, sinal de que você não se preocupa nem com o que ganha nem com o que gasta! Não é preciso dizer que qualquer planejamento mais sério sobre poupança ou independência financeira futura será impossível para a sua vida, fora que, sem controle, o que impedirá lançamentos indevidos (tarifas bancárias, por exemplo) ou até mesmo fraudulentos (compras na Internet, por exemplo) em suas contas?

(2) Adiar o plano de aposentadoria: Quanto mais tarde você começar a pensar no assunto, mais difícil será acumular. Por exemplo, para ter R$ 500 mil aos 60 anos, a uma taxa de 0,5% ao mês (na atual conjuntura corresponde ao rendimento de um fundo DI além da inflação), você precisará depositar R$ 495,28 mensais se iniciar aos 30 anos, valor que sobe para R$1.076,77 se iniciar aos 40 ou R$3.035,85 se iniciar aos 50. Sinistro, não?

(3) Viver além das próprias possibilidades: Pecado que não respeita idade, religião ou classe social e explica por que, volta e meia, algumas celebridades “quebram”. Sei que o assunto é espinhoso e não defendo a ausência de ambição como meta de vida, muito pelo contrário: até incentivo que você sonhe com patamares de conforto, riqueza ou padrão de vida superiores aos seus atuais, mas por favor, tudo isso às custas de planejamento, poupança e bons investimentos, e não às custas de dívidas impagáveis e juros extorsivos, certo?

(4) Não conseguir poupar: Além do caso decorrente do “pecado” anterior, também classifico como incapacidade a situação em que, todas as vezes quando uma quantia é acumulada, logo logo inventa-se um destino – nem sempre essencial, esse é o ponto! – para ela, como por exemplo trocar o guarda-roupas. Saiba então que se isso já aconteceu na sua vida, você deixou de aproveitar o trunfo dos juros compostos, que costuma presentear os pacientes: quem guarda R$100 mensais a 0,5% ao mês, por exemplo, observará que em pouco menos de 12 anos (139 meses para sermos precisos), o dinheiro já acumulado irá gerar juros maiores que os R$ 100 poupados a cada mês. É você vivendo de renda, que tal?

(5) Pagar o mínimo das faturas:Não preciso nem me alongar por aqui pois se você não paga suas faturas integralmente, seus custos estão maiores por conta de uma despesa que não dá prazer, a despesa com juros... ou por acaso você gosta de pagá-los?

(6) Não ter um fundo de emergência: É viver sempre ressabiado, a mercê de acontecimentos desagradáveis que nem sempre estão sob nosso controle. E eu pergunto, pra que aumentar o sofrimento justamente quando se precisa energia adicional para enfrentar um grande problema?

(7) Não viver a vida: Claaaaaro, pois de que vai adiantar seguir todas estas recomendações se no final você não tem tempo de desfrutar a vida, não é mesmo?

Um grande abraço e até a próxima semana!


Inteligência Financeira por Roberto Zentgraf

Graduado em Engenharia Civil (UFRJ), teve experiência profissional construída marcadamente na área financeira, iniciada na Controladoria do Grupo Exxon Foi professor no Grupo Ibmec lecionando disciplinas da área financeira (Matemática Financeira, Estatística, Finanças Corporativas, Gestão de Portfolios, dentre outras)

Paralelamente a estas atribuições, passou a assinar uma coluna semanal sobre Finanças Pessoais no jornal O Globo, tendo a oportunidade de esclarecer as principais dúvidas dos leitores sobre orçamento pessoal, dívidas, aposentadoria, financiamento imobiliário e investimentos. O sucesso atingido pela coluna proporcionou inúmeras participações em palestras, comentários na mídia escrita e televisiva, além da publicação de outros sete livros tratando o tema.

Após obter a certificação de planejador financeiro (CFP® Certified Financial Planner) associou-se à BR Advisors, grupo especializado em soluções financeiras.


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