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17/09/2025 às 16h00

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O Boom dos Pequenos Negócios em 2025: Será Que Você Está Perdendo o Bonde?


De acordo com uma pesquisa recente do Sebrae, o Brasil viveu um verdadeiro boom de empreendedorismo no primeiro semestre de 2025. Em apenas seis meses, foram abertas 2,6 milhões de novas empresas de pequeno porte, o que representa um aumento de 23% em relação ao mesmo período de 2024. É o maior número já registrado na série histórica.

Esse dado, por si só, já é impressionante. Mas ele fica ainda mais relevante quando paramos para pensar que não estamos falando de grandes corporações com capital bilionário. Estamos falando de pessoas comuns, como eu e você, que decidiram dar um passo rumo ao próprio negócio. Gente que resolveu sair da informalidade, que não quis mais depender apenas de um emprego formal ou que, simplesmente, enxergou uma oportunidade e não deixou passar.

O rosto por trás dos números

A pesquisa mostra que os MEIs (Microempreendedores Individuais) lideraram esse crescimento. Sozinhos, eles foram responsáveis por quase 77% de todas as novas empresas abertas. Ou seja, a cada 10 negócios que surgiram neste ano, 7 nasceram na forma de MEI.

Com isso, podemos observar duas leituras muito interessantes. A primeira é a formalização do que já existia: Muita gente que já trabalhava por conta própria, prestando serviços, vendendo produtos ou mesmo atuando em atividades pontuais, resolveu se regularizar. Emitir nota fiscal, contribuir para a previdência, ter um CNPJ. Tudo isso dá mais segurança e abre portas para atender empresas maiores e acessar crédito.

A segunda leitura é que cada vez mais brasileiros estão escolhendo o empreendedorismo como saída para a geração de renda. Em um mercado de trabalho que, apesar da melhora nos números nesses últimos meses, ainda apresenta altos e baixos, abrir um pequeno negócio se torna uma alternativa concreta, uma forma de ganhar autonomia e assumir o controle do próprio futuro.

O mapa do empreendedorismo brasileiro

Os dados do Sebrae apontam que o setor de serviços continua sendo o grande campeão. E não é difícil entender o motivo. Em muitas atividades, basta conhecimento, tempo e força de vontade para começar. Um designer gráfico, um personal trainer, um consultor, um cabeleireiro… todos podem iniciar praticamente sem grandes investimentos em estrutura física.

O comércio tem se beneficiado tanto da retomada do consumo em lojas de bairro quanto do crescimento do e-commerce, que hoje já faz parte do dia a dia do consumidor brasileiro.

Outro ponto que chama atenção no levantamento é a geografia desse crescimento. Não surpreende que a maior parte das novas empresas esteja concentrada no Sudeste, especialmente em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Afinal, essa é a região mais populosa e com maior concentração de atividades econômicas do país.

O que surpreende é o desempenho acima da média nacional em estados do Nordeste e do Norte, como Ceará, Piauí e Amazonas. Isso indica que o empreendedorismo está se espalhando, deixando de ser exclusividade dos grandes centros e se tornando uma alternativa real em diferentes cantos do Brasil. Para regiões historicamente menos industrializadas, essa é uma excelente notícia, pois mostra que a economia local pode ganhar fôlego a partir do dinamismo dos pequenos negócios.

O que tudo isso significa para você?

Pode parecer apenas um dado de pesquisa, mas essa onda de novos CNPJs carrega um recado importante. Os micro e pequenos negócios já são responsáveis por mais de 30% do PIB brasileiro e por 70% dos empregos formais. Quando 2,6 milhões de pessoas decidem empreender em apenas seis meses, isso nos mostra que há uma mudança de mentalidade em curso.

Muitos estão cansados de depender do “emprego dos sonhos” que nunca chega. Outros resolveram transformar um talento ou hobby em fonte de renda. Alguns começaram pequenos, sozinhos, e já pensam em contratar alguém para ajudar. O ponto é: cada uma dessas histórias tem em comum a decisão de agir, de não esperar as condições perfeitas, mas de aproveitar o que se tem agora para dar o primeiro passo.

E aqui entra a reflexão que eu quero provocar em você: onde você entra nessa estatística? Você vai continuar assistindo de fora enquanto milhões de pessoas estão construindo negócios do zero, ou vai decidir que chegou a sua vez de tentar?

Sempre que leio pesquisas como essa do Sebrae, fico com a sensação de que existem dois tipos de pessoas. O primeiro grupo é aquele que pensa: “Se todo mundo está abrindo negócio, é sinal de que o mercado está saturado, não tem espaço pra mim.” O segundo grupo, por outro lado, olha para os mesmos números e pensa: “Se milhões estão entrando, é porque oportunidades existem, e eu só preciso descobrir qual é a minha.”

A grande diferença entre esses dois grupos não está no cenário econômico, nem nos recursos financeiros. Está na mentalidade.

A questão é: em qual grupo você vai estar?

Referências das Pesquisas


Negócios & Economia por Antonio Siqueira

Antonio Siqueira é alagoano, natural de Água Branca. Graduado em Administração de Empresas (UNIT) com especialização em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria, possui formação técnica em Gestão da Qualidade e em Gestão de Ativos e Investimentos para Empreendedores.

Atuando com gestão financeira há mais de10 anos, seu objetivo como Consultor é elevar os resultados financeiros a um patamar de excelência para empresas que buscam não apenas sobreviver, mas prosperar em ambientes desafiadores.

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