Marcelo Bastos*
O povo brasileiro tem atravessado tempos de turbulência e de dúvidas acerca dos rumos da política e da economia, o que nos leva a refletir sobre a resignificação dos novos rumos e das novas escolhas.
Refletir apenas não será o suficiente. O descrédito da população em relação à classe política vem crescendo consideravelmente, principalmente no tocante aos personagens políticos já conhecidos e diante de tantos escândalos de corrupção e má gestão do dinheiro público.
Enxergamos através de consultas às pesquisas avaliativas, que há um processo de desmobilização do eleitorado em acreditar e escolher seus candidatos, o que pode ser constatado através do aumento no quantitativo de votos nulos, brancos e abstenções que ocorrerão na eleição de 2018.
No cenário alagoano, não teremos, necessariamente, uma renovação substancial na nova composição da Assembleia e da Câmara Federal, renovação esta que ocorrerá com apenas 35% (trinta e cinco por cento) dos eleitos. Quase nada mudará. Os mesmos estarão no poder.
Importante salientar que a recuperação da crise que assola todo o país dependerá de quem os eleitores escolherem; a “Democracia” tem essa grande virtude.
O eleitorado vive em um processo constante de busca de garantias e preservação dos direitos sociais, reflexo evidente e contínuo da ausência de políticas públicas, especialmente aquelas que versam sobre segurança; emprego e renda; saúde e educação.
Temos treze milhões de desempregados no Brasil, retratando o maior nível de toda a série histórica e gerando um tempo de incertezas, atingindo concretamente a economia alagoana e das demais unidades da federação, porque abala a confiança das pessoas e afeta a qualidade de vida, a dignidade e sobrevivência da população.
O povo almeja ser visto , escutado e atendido pelas novas lideranças, em suas necessidades básicas e em suas expectativas de sobrevivência .
*É Analista Político
* Publicado originalmente na edição nº 20 da revista Painel Alagoas
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