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11/03/2019 às 14h55

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Respeito ao Pinheiro!


O que está acontecendo no bairro do Pinheiro é sério e preocupante, é necessário todos os ouvidos e atenções, mas apavorar a população com desinformações e “achismos”, fazer demagogia ou utilizar o drama de quase 20 mil pessoas para política e politicagem é intolerável. Isso não ajuda a focar no real problema que é descobrir a causa das rachaduras e afundamento de solo em grande parte do bairro.

Do lado de fora do Pinheiro, deputados e vereadores armam palco para se debater o sexo dos anjos, criticam adversários políticos, se exacerbam na demagogia se proclamando “salvadores” do povo, alguns consideram o problema um “caso de polícia”, atiram para todos os lados, cobram sem saber a quem e confundem mais os moradores, aumentando entre eles a sensação de insegurança que a própria situação traz a cada uma dessas famílias.


Instituições se arvoram “protetoras” dessa população e, igualmente sem saberem que caminho concreto tomar, criam a frase da moda: falta comunicação. Intermediam reuniões longas e inúteis, exigem medidas que estão longe de acalmar o povo do bairro e dar solução ao problema, e fazem do medo e da insegurança dessas pessoas holofotes para egos e discursos vazios, acompanhados por uma imprensa que apenas “bate continência” para os “donos da verdade”. 


O problema é tão grande que insurgiu “lideranças” em nome dos moradores, proprietários de movimentos que claramente dão força às palavras duras contra os poderes públicos, personalizando na maioria das vezes os detentores desses cargos, trabalhando para o descredito das ações que vêm sendo feitas por técnicos, geólogos, engenheiros e geofísicos, os únicos de fato capazes de dar uma luz ao caso.


É um crime o terror que pessoas sem noção ou interessadas em mandatos na eleição do próximo ano, estão fazendo com as famílias do Pinheiro. 


Caberiam aos representantes desses moradores, dos políticos, imprensa e organismos não governamentais que estão de alguma forma dentro do Pinheiro, acalmar o povo, reforçar e fiscalizar as devidas medidas que estão sendo tomadas para retirar quem mora em área de risco, a assistência devida a essa gente por parte do município, ser parceiros da Defesa Civil Municipal, da Defesa Civil Estadual e da CPRM, que estão trabalhando de forma coerente e focada para que se chegue a um laudo definitivo.


Em uma sessão hilária, dia desses, a Assembleia Legislativa do Estado, depois de criticar uns e outros, chegou à conclusão de que o Município de Maceió deve decretar calamidade pública no Pinheiro. Pois sim, sem se ter o resultado dos estudos? Decretar calamidade pública antes (e esperamos que nunca ocorra!) de uma tragédia? O que se tem que fazer é o que está se fazendo, ações preventivas, estudos técnicos no local, e cobranças direcionadas para o fato, não para o vento.


A expectativa dos geólogos é de que o laudo final só aconteça em junho próximo. Até lá, se tiver Polícia Federal no caso, como querem alguns deputados estaduais, deveria ser para coibir o pânico, fake news, desinformação, demagogia e politicagem que estão sendo feitas contra os moradores do bairro do Pinheiro.Sem essa prática nociva, os problemas por lá seriam infinitamente menores.


*Publicado originalmente como Editorial na edição nº 26 da revista Painel Alagoas 


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