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15/07/2019 às 11h48

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Porque o Acordo de Livre Comércio é importante para o Mercosul


O acordo de livre comércio assinado pelo Mercosul com a União Europeia no último dia 28 de junho após 20 anos, marca o fim do isolamento do bloco, avaliam analistas. O tratado é o mais ambicioso já feito pelo grupo de países sul-americanos. Até então, só existiam acordos de livre comércio com Israel, Palestina e Egito – economias pequenas e de pouca representatividade no comércio internacional.
Para os europeus, o fim da negociação também é um marco relevante. É o segundo maior acordo já acertado pela União Europeia. Só perde para o firmado com os japoneses.


O acordo entre os blocos representa 25% do PIB mundial e engloba 750 milhões de pessoas.
A primeira consequência desse acordo é o fim do isolamento do Brasil e do Mercosul, entende o presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias do Trigo (Abitrigo), Rubens Barbosa.


O acordo firmado zera tarifas para importantes produtos agrícolas exportados pelo Brasil, como suco de laranja, frutas e café solúvel. As taxas para exportar produtos industriais também serão eliminadas. Haverá ainda cotas para a venda de carnes, açúcar e etanol.
O acerto também vai reconhecer como itens provenientes do Brasil vá­rios produtos como cachaças, queijos, vinhos e cafés. Pelos novos termos, serão fixadas uma série regras, padrões e compromissos em diversas áreas, como em propriedade inte­lectual e meio ambiente.
A União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Mercosul. A corrente de comércio entre os dois blocos foi de mais de US$ 90 bilhões em 2018.


O acordo também pode proporcionar uma retomada nas relações co­merciais entre Brasil e União Euro­peia. Ao longo dos últimos anos, os eu­ropeus têm perdido espaço nas ex­por­tações brasileiras. Hoje, a UE re­presenta menos de 20% dos destinos dos produtos brasileiros. Nos anos 1990, representou quase um terço.

Em 2018, por exemplo, o Brasil vendeu US$ 42,1 bilhões para a União Europeia, o que significou 17,6% das exportações do país. Em 1998, a quantia era menor, de US$ 152,723 bilhões, mas correspondia a 30% do total embarcado.


As exportações caíram em função da retração no crescimento da Europa, e também por conta do tipo de pauta brasileira. É que, aponta a FGV/IBRE, o Brasil vende muita soja, minério, que são coisas que a UE até compra, mas nem tanto. Ainda assim, a expectativa é a de que a fatia exportada pelo Brasil à União Europeia pode crescer, principalmente por conta das cotas previstas para carnes e etanol.
Embora a participação da União Europeia nas exportações brasileiras esteja em queda, o bloco europeu ainda é o segundo maior destino dos produtos brasileiros. Só fica atrás da China, grande importadora dos produtos agrícolas do país. Em 2018, os chineses compraram US$ 66,67 bilhões do Brasil.


*Publicado originalmente como Editorial, na edição 30 da Revista Painel Alagoas



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