Para recitar poemas, quem melhor? Para atuar em peças, só aplausos. Como
lutador social, um guerreiro. Na fotografia, lances ousados, olho
mágico em imagens de movimento. Como militante partidário, um idealista
da causa dos menos favorecidos, da igualdade de direitos, da
universalização dos sonhos. De quem falamos? De Átila Vieira, 43, mais
uma vítima da Covid-19, desse vírus medonho que mata pessoas, que leva
amores, que empobrece a esperança, que nos tira a paz. Colaborador da
PAINEL ALAGOAS, profissional que honrou o trabalho e a vida. Ao nosso
eterno Átila, todos os nossos sentimentos, traduzidos em versos de um
dos poemas tantas vezes declamado por ele:
“Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu”
(Trecho de "A Flor e a Náusea", de Carlos Drummond de Andrade)
* Publicado originalmente na edição 46 da revista Painel Alagoas
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