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22/11/2021 às 11h20

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IBGE revisa alta do PIB de 2019 de 1,4% para 1,2%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou de 1,4% para 1,2% a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019. Essa revisão decorreu, principalmente, da incorporação de novos dados sobre o impacto econômico do rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019.
Com isso, a queda da Indústria extrativa mineral foi ajustada de -0,9% para -9,1%.  Com a taxa de crescimento de 1,2%, o PIB foi estimado em R$ 7,389 trilhões em 2019. Já o PIB per capita (por habitante) chegou a R$ 35.161,70, com alta de 0,4% frente ao ano anterior.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Os dados oficiais do PIB brasileiro são tradicionalmente revisados 2 anos após o período de referência, a fim de apresentar um retrato mais detalhado da situação econômica do país. Segundo o IBGE, a revisão "agrega novos dados, mais amplos e detalhados, do IBGE e de fontes externas".
A taxa de 1,2% em 2019 foi a terceira alta anual consecutiva, após avanços de 1,3% em 2017 e 1,8% em 2018. O IBGE destacou, porém, que "essas altas foram insuficientes para reverter a queda acumulada no biênio 2015-2016 (6,7%)".
Entre os grandes setores, serviços tiveram alta de 1,5% e a agropecuária cresceu 0,4%. Já a indústria caiu 0,7%. Segundo os dados revisados, 9 dos 12 grupos de atividades econômicas registraram crescimento ou estabilidade, enquanto Indústria de transformação (-0,4%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,4%) e indústrias extrativas (-9,1%) tiveram retração.
O consumo das famílias, que responde por 63,7% do PIB, cresceu 2,6%. Já a despesa de consumo final do governo caiu 0,5%.
Em 2019, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 4% e a taxa de investimento (15,5%) cresceu 0,4 pontos percentuais, em relação a 2018, atingindo o patamar de 2016.
A revisão do PIB de 2019 deve provocar também ajustes na série de resultados trimestrais. O IBGE divulgará no dia 2 de dezembro o resultado do PIB do 3º trimestre. No 2º trimestre, a economia brasileira caiu 0,1%, segundo a leitura inicial.
Em 2020, o PIB do Brasil registrou uma queda de 4,1%. Foi o maior tombo desde o início da série histórica atual iniciada em 1996, segundo divulgou no começo do ano o IBGE.
A projeção atual do mercado financeiro para o resultado do PIB de 2021 é de uma alta de 4,94%, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Para 2022, a previsão é de crescimento de 1,20%. Mas as estimativas têm sido revisadas para baixo e parte dos analistas já fala em estagnação e até mesmo em retração em razão da disparada da inflação e da elevação das incertezas fiscais e políticas.

*Publicado como editorial na edição 53 da revista Painel Alagoas


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