Ana Daniella Leite - Jornalista
Em pleno Dia Internacional da Mulher, uma mulher foi eliminada em rede nacional. E por ser inteligente, segura, objetiva, ter controle emocional. Características imperdoáveis no Brasil para uma mulher.
Essa é a luta diária, meninas e mulheres. Para a sociedade patriarcal e retrógrada em que vivemos, mulher deve apenas dizer sim, aceitar qualquer coisa mais ou menos, seja na vida pessoal ou profissional, nunca questionar, nunca se impor e, principalmente, nunca ser livre para ser quem realmente é.
Cada pessoa é única e características independem de gênero. É cansativo ter que diariamente estar preparada para se defender, se autoafirmar e impedir que nos diminuam.
O caso da Jade, no programa de televisão, é uma comprovação dura da realidade diária. Coerente, equilibrada emocionalmente, objetiva, e que defende seu próprio caminho.
O que prova que a sociedade atual repudia mulheres inteligentes e independentes. E não importa a classe social e a etnia. Simplesmente, não aceita que uma mulher se imponha, seja direta, seja ela mesma.
Já estive no lugar dela em todos os meus ambientes de trabalho e em relações pessoais. Quantas vezes você, minha amiga, já esteve também nesse lugar? Tendo que defender o óbvio ferreamente só por ser mulher? Se não chorar é louca, se gritar é destemperada.
Diante do fato, reafirmo que sim, não arredo um centímetro da minha determinação, da minha “soberba”, porque até a ordem das coisas mudar, a luta por equidade não terá fim.
E, assim como a Jade Picon, não podemos jamais esquecer que o mundo também é nosso.
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