Abandonando o barco
O secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, e o de Desburocratização, Paulo Uebel, pediram demissão ontem, no final do dia. São a sétima e oitava baixas da equipe econômica que assumiu o governo junto ao ministro Paulo Guedes.
Justificando
“Ele me diz que é muito difícil privatizar”, explicou Guedes, a respeito de Mattar. “Ele reclama que a reforma administrativa parou, disse sobre Uebel. “Se me perguntarem se houve uma debandada hoje, houve”, continuou.
Timing
“Quem dá o timming é a política, quem tem voto é a política. Se o presidente da Câmara quiser pautar algo, é pautado. Se o presidente da República quiser mandar uma reforma, é mandado. Se não quiser, não é mandado. Quem manda não é o ministro e nem os secretários.
Reação
E os secretários, enquanto o negócio não anda, podem desistir ou insistir. A nossa reação à debandada que aconteceu hoje é acelerar as reformas. É mostrar que, olha, nós vamos privatizar. Nós vamos insistir nesse caminho. Pelo menos, nós vamos lutar.”
Da posse até hoje...
Ao assumir o cargo, Paulo Guedes falava em vender estatais à soma de R$ 1 trilhão em 2019. Desde então, nenhuma estatal foi vendida e uma foi criada.
Câmara e Senado
Enquanto geria a debandada, Guedes se reunia, também, com os presidentes de Câmara e Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre. Com eles, defendeu a manutenção do teto de gastos. “Os conselheiros do presidente que estão aconselhando a pular a cerca e furar teto vão levar o presidente para uma zona sombria, uma zona de impeachment, de irresponsabilidade fiscal. O presidente sabe disso, o presidente tem nos apoiado.”
*Com informações do G1 e Poder 360
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