"Conta- gotas"Jair Bolsonaro elegeu seus candidatos para as presidências da Câmara e do Senado mas está sendo aconselhado por aliados a parcelar a fatura, fazendo uma reforma ministerial a conta-gotas. O objetivo é testar (ou garantir) a fidelidade do Centrão.
FreioDepois de inaugurar seu mandato como presidente da Câmara atropelando os adversários ao anular o bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), Arthur Lira (PP-AL) pisou no freio. Ele costurou um acordo com a oposição, entregando dois dos seis cargos da Mesa Diretora ao PT e ao PSDB. PDT e PSB devem ficar com duas das quatro suplências.
Chamou a atenção...Na reorganização de forças da Câmara, a mudança que mais chamou a atenção foi a entrega da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, a Bia Kicis (PSL-DF). Bolsonarista radical, ela é investigada no Supremo no inquérito das fake News e notória negacionista do isolamento social contra a Covid-19.
Temor no STFA Corte teme um impasse com a eleição de Lira, que o tornou o segundo na linha de sucessão presidencial. Uma decisão de 2016 proíbe que réus em ações penais assumam a presidência da República. Há duas ações desse tipo contra Lira na Corte, decorrentes da Lava Jato. Ambas foram aceitas, decisão que o deputado contesta.
O patrocinadorJá apelidada de “covidfest” por conta do desrespeito a todas as regras de isolamento social, a festa em comemoração à vitória de Lira ganhou mais uma polêmica. O empresário Marcelo Perboni, anfitrião do evento, é réu num processo por fraude tributária.
*Com informações de Poder 360, Folha, Estadão e O Globo