Dólar com. 5.5149
IBovespa 3
23 de junho de 2025
min. 23º máx. 32º Maceió
chuva rápida
Agora no Painel JHC e Rodrigo Cunha abrem São João e destacam fortalecimento do turismo e cultura em Maceió
25/05/2025 às 22h20

Blogs

Ex-comandante da Aeronáutica confirma apoio da Marinha ao golpe

Carlos de Almeida Baptista Júnior confirmou também ameaça de prisão a Bolsonaro pelo comandante do Exército

Tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior - Roque de Sá/Agência Senado


O ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, confirmou em depoimento ao STF que acompanhou as discussões para o planejamento de um golpe de Estado orquestrado para impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Baptista Júnior afirmou que teve acesso à minuta do golpe, preparada no Planalto, e que testemunhou o então comandante do Exército, general Freire Gomes, ameaçar prender o ex-presidente Jair Bolsonaro caso ele levasse a cabo os planos golpistas. “O general Freire Gomes é educado e não falou com agressividade ao presidente [Bolsonaro]. Foi isso que ele falou, com calma e tranquilidade: ‘Se você tentar isso, eu vou ter que lhe prender’. Foi isso que ele disse.” 

Baptista Júnior disse que participou de um “brainstorm” com Bolsonaro e outros ministros do seu governo acerca das possibilidades de prisão de diversas autoridades, entre elas o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que investiga a trama golpista. Segundo ele, Bolsonaro apresentou em uma reunião a proposta de diferentes medidas para reverter o resultado das eleições. “Eu lembro bem, houve a seguinte discussão: Vai prender o Alexandre de Moraes, presidente do TSE? Vai.” 

Ainda em seu depoimento à Primeira Turma do STF, o tenente-brigadeiro confirmou que o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, colocou-se à disposição de Jair Bolsonaro para executar o plano golpista. “O almirante Garnier não estava na mesma sintonia, na mesma postura que o general Freire Gomes. Em uma dessas reuniões, chegou a um ponto em que ele falou que as tropas da Marinha estariam à disposição do presidente.” 

O tenente-brigadeiro disse que o general Braga Neto, candidato derrotado à vice na chapa de Bolsonaro, incentivou ataques a ele e à sua família. Segundo contou, a intenção do general era fazer com que ele mudasse de ideia e passasse a apoiar o golpe. “Ainda me chamam de melancia.” 


Com informações de CNN Brasil/Globo/Estadão/Valor Econômico


Painel Político por Redação

Notas e notícias sobre política e bastidores do poder

Todos os direitos reservados
- 2009-2025 Press Comunicações S/S
Tel: (82) 3313-7566
[email protected]