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07/09/2018 às 10h32

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A criminosa compra de votos


Para refletir: “Tomara chegue o dia em que a lágrima movimente a luta e movimente com muita coragem e intenso amor”. (Heloísa Helena).


A criminosa compra de votos

Eles são bandidos travestidos de políticos e nós coadjuvantes desse filme de horror, pois os elegemos. Assim é a realidade do processo eleitoral brasileiro e o resultado é o que temos assistido sempre: corrupção alarmante na administração pública, políticos presos e logo soltos para gastar o que roubou de nós, presidentes da república acusados de atos de marginalidade explícita e o país mergulhado na mais absoluta crise institucional.

Ainda é muito comum pessoas transformarem seu voto em mercadoria, trocando-o por benefícios individuais e pouco éticos, muitas vezes até ilegais. Essas práticas são comumente denunciadas pela imprensa, por investigações feitas pela Justiça Eleitoral e ações da sociedade civil para combater o fenômeno. Todos esses casos mostram que a compra de votos é uma prática bastante recorrente em parte do eleitorado.

Quem nunca ouviu falar de alguém que trocou o voto por cesta básica, gasolina, materiais de construção… A compra e venda de votos costuma ter sua importância minimizada, uma prática às vezes até já naturalizada em determinados locais.

Ao tratar seu voto como uma mercadoria, você ajuda a eleger alguém que usou de métodos imorais e ilegais para chegar ao poder. Sabendo disso, você acha que esse representante não repetirá esse comportamento quando for eleito?

Ao colaborar com esse tipo de prática, você ainda abre mão do seu papel de cidadão e permite que um governante corrupto tome decisões que influenciarão sua vida e a de todos. E não é só o representante que se elege de forma corrupta, ao vender seu voto, você se torna uma pessoa corrupta também.

Vamos analisar as seguintes situações: entre ganhar um tanque de gasolina agora e um novo hospital na sua região daqui a quatro anos, o que você escolheria? Entre uma cesta básica agora e maiores investimentos em educação nos próximos anos, qual opção você prefere? Nos dois casos, quando você opta pela primeira , está abrindo mão da segunda, já que elegendo uma pessoa corrupta deixa de eleger alguém comprometido com o bom funcionamento dos serviços públicos.


Voto não é mercadoria

Se você não quer que uma pessoa corrupta tenha o poder de decidir seu destino durante quatro anos (ou oito, se for um senador), não venda seu voto. E caso presencie alguma situação de compra ou venda de voto envolvendo outras pessoas, saiba que você pode fazer sua parte de cidadão e denunciá-la.

Para quem comete essa infração, a lei prevê algumas medidas:

Para os candidatos: cassação do seu registro de candidatura e, caso já tenha sido eleito, pode ter cassada a sua diplomação. Cabe ainda prisão de até quatro anos, pagamento de multa e a possibilidade de tornar-se inelegível por oito anos. A compra de votos e uma das situações que se enquadram nas condições de inelegibilidade apontadas pela Ficha Limpa.

Para o eleitor que vende seu voto: cabe como punição o mesmo tempo de prisão (até quatro anos) e multa.

Que sejamos todos guardiões de eleições e do voto consciente denunciando ao Ministério Público esses marginais da política que tantos danos causam ao país e que ferem de morte a dignidade do eleitor e a Democracia.


Governo arbitrário

Não tenho dúvida de que a diligente delegada de polícia, Fabiana Leão, agiu movida pelo interesse público ao pedir que a Delegacia de Defesa da Mulher, então sob seu comando, tivesse a ampliação do horário de funcionamento, visando uma melhor prestação de serviços. Não procurou intermediários e foi direto ao “dono” (o governador).Fabiana vinha sendo um exemplo para seus colegas que a elogiavam pela sua maneira de desempenhar o seu difícil papel de guardiã da vida das mulheres ameaçadas pela violência doméstica e os crimes recorrentes nesse setor. 

Fabiana pagou caro por sua atitude corajosa. O governo entendeu que ela “desrespeitou a hierarquia fazendo contato direto com o governador”, e num ato arbitrário a removeu para uma delegacia do interior. Ato próprio dos pequenos de caráter e covardes.

Este fato não aconteceu agora, mas volta à imprensa pelo tramitar de um processo que ela moveu contra sua imoral remoção, bem ao modo do governo estadual.

A delegada Fabiana Leão, não vai mais voltar ao seu posto, mas uma coisa fica comprovada: aqui o crime compensa.


Collor avança

Tal qual um furacão a ameaçar a antes situação confortável e vitoriosa do governador Renan Filho, o senador Fernando Collor avança a cada dia em sua efervescente campanha em busca de arrebatar a cadeira principal do Palácio Zumbi dos Palmares. As adesões vão se somando às traições, muitas delas ainda sob rigoroso sigilo, fato que tem certamente trazido algumas noites insones para o arrogante ocupante eventual do cargo, cuja “trupe” insiste em cantar o “já ganhou” para afagar seu imenso e deturpado ego, mas que pode ainda ter uma desagradável surpresa com a verdade dos votos.


Mauricio Quintella

Esta semana participando de um encontro com técnicos do Ministério dos Transportes em Brasília tive a oportunidade de ouvir de um palestrante: “Maurício Quintella foi um dos mais competentes ministros à frente da pasta, mesmo com uma gestão curta e em plena crise financeira”. Ai descreveu algumas de suas ações que trouxeram grandes contribuições para o setor. Ressaltou ainda sua simplicidade, seu espírito agregador e receptividade perante políticos de todo o país. São essas coisas que nos envaidecem diante de tantos descalabros da maioria dos nossos políticos aqui e lá fora. Um detalhe: em nenhum momento da reunião se soube da minha identidade de alagoano.


Mais café e menos cultura

No governo federal, em 2017, o investimento no cafezinho foi maior do que o aplicado no Museu Nacional, incendiado no fim de semana passado e que há muito pedia socorro em ser ouvido. Para se ter uma ideia do descaso absurdo no ano passado os gastos com café chegaram a R$ 76 milhões. Já no museu, foram aplicados apenas 643,5 mil.

Vejamos alguns gastos do governo além da milionária verba gasta com cafezinhos, já mencionada: Desfile de 7 de setembro ( 2018) R$ 816.898,00 , lavagem de carros oficiais da Câmara dos Deputados , R$ 563.333,56 .


Tem alguma coisa errada neste país.


Incolor, inodoro, insípido

O candidato Geraldo Alckmin realmente não conseguiu mesmo “destravar” sua candidatura e ao que tudo indica poderá amargar um pífio quinto lugar na corrida presidencial. Com o maior leque de alianças, tempo de televisão e recursos financeiros sua campanha é como ele: incolor, inodoro e insípido (não é sem razão que o chamam de “chuchu”). No desespero resolveu bater de frente com o governo do presidente Michel Temer numa tentativa desesperadora de reverter o quadro e recebeu o devido troco. -  "Eu me lembro que, quando candidato a governador, nas vezes que lhe apoiei, você era diferente. Então, não atenda o que dizem seus marqueteiros, atenda apenas a verdade", disse Temer em pronunciamento.

Aliados do presidente dizem que ele ficou extremamente irritado com os ataques veiculados por Alckmin no horário eleitoral. As peças trazem críticas a políticas de saúde e educação, por exemplo.

Fica provado que: marqueteiro, tempo de televisão e apenas dinheiro não dá para ganhar eleição. 


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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