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19/10/2018 às 14h44

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Cassados pelas urnas

IstoÉ


Para refletir:

“O MDB pagou o preço da situação de participar de todos os governos sem ter filosofia própria.” ( Pedro Simon, sobre as derrotas do partido nas eleições).


Cassados pelas urnas

Praticamente em todo o país os resultados das eleições fizeram uma limpeza ética derrotando velhos “coronéis” e oligarquias apodrecidas da política que há anos controlam o poder através da força e do dinheiro sujo da corrupção.

Exemplos emblemáticos desse novo quadro da política nacional estão nas derrotas de excrescências como a família Sarney, que reinava no estado do Maranhão há décadas, nas eleições de 2014 sofreu um abalo e agora não elegeu ninguém perdendo por completo o domínio eleitoral no estado. Em Roraima cai o reinado de Romero Jucá, líder de todos os governos da corrupção, que atribuiu sua derrota aos venezuelanos, à Lava Jato e à imprensa (que bom que venceu o bem). No Ceará perdeu o atual presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira que declarou sua saída da vida pública, antecipada pelo povo. No Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves não se reelegeu senador. Também em Rondônia as urnas derrotaram Valdir Raupp para o senado e sua esposa Marinha, para a Câmara dos Deputados. Na Paraíba o senador José Maranhão ficou em terceiro lugar para govenador. Praticamente todos os derrotados no pleito estão com o carimbo da Lava Jato com processos de corrupção em julgamento e agora poderão ter suas condenações na justiça, após suas cassações pelo povo.

Sobre essas velhas lideranças que perderam a eleição e outros assemelhados que mesmo com mandato renovado aguardam julgamentos de processos de corrupção disse a maior liderança moral viva da política brasileira, ex-senador Pedro Simon: “O MDB para se reconstruir terá que abandonar essas figuras indignas. Eles acabaram porque foram cassados, estão na cadeia ou vão para  a cadeia”.


Alagoas dos currais e rédeas

Diferente do resto do país em Alagoas praticamente tudo continua na mesma, por conta do baixo nível de conscientização do eleitorado no interior e também muito pela indecorosa corrupção escancarada  às vistas de todos , inclusive da justiça e da Polícia Federal, que não possuem mecanismos ou mesmo vontade de intervir.

O caso mais significativo é a reeleição do senador Renan Calheiros, a figura política nacional com maior número de processos por corrupção, denunciado pelo Ministério Público e aguardando julgamento.

Alagoas teve sua grande oportunidade de se redimir diante do país indignado, mas preferiu dar as costas por conta da ignorância e submissão do eleitor do interior ao cabresto dos “coronéis de araque”.

E nós continuamos assim  um povo submetido aos currais e rédeas.


Maltrata que eu gosto

Não adianta inchar o peito com mentiras e enganar dizendo que “está construindo hospitais e UPAS”, enquanto faltam insumos básicos, medicamentos e até profissionais para cuidar da saúde do povo. É uma irresponsabilidade criminosa. Como se justificar o cidadão pobre, á beira da morte, ter que recorrer à Defensoria e Ministério Público para poder ser atendido na rede de saúde?

Mas lamentavelmente parece que o povo até gosta de ser enganado , pois quando chega a eleição vota naquele que tudo lhes prometeu e nada lhes deu, avaliando mais quatro anos de afronta à dignidade do cidadão.


Fundef: honorários barrados

Parece que de vez está sepultado o sonho milionário de alguns escritórios de advocacia em relação aos honorários devidos por prefeituras em todo o país nas ações para recebimento dos precatórios do FUNDEF, cujo julgamento vinha se arrastando em Brasília. A decisão foi aprovada por sete votos  a um pelos ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Segundo entendimento do STJ, a verba deve ser utilizada exclusivamente na educação. O acórdão foi proferido na análise do Recurso Especial n. 1703697/PE e atende a posicionamento do Ministério Público Federal (MPF). Desde o ano passado, o MPF defende que os cerca de R$ 90 bilhões em precatórios devidos pela União a municípios brasileiros a título de repasse a menor do Fundef sejam utilizados apenas na educação.


Pega na mentira

Resolvi desde o primeiro turno das eleições me afastar das redes sociais diante de tanta contaminação ideológica, discussões carregadas de ódios e noticias falsas (as tais fake News) e continuo até o resultado final. Gostei da experiência e pelo clima de beligerância que se anuncia quem sabe permanecerei assim por mais tempo. Lendo um texto do colega Ricardo Mota vejo que temos um pensamento convergente sobre o tema. Ele diz: “Tenho conversado com amigos e familiares, gente que é bem informada, mas que ainda não aprendeu a duvidar uma lição fundamental até mesmo para a nossa sobrevivência física ou para a nossa saúde psíquica. Cheque sempre cada informação que lhe chega pelo whatsapp – que foi invadido por uma turma sem limites, sem nenhum padrão moral ou ético”.

Não é sem razão que somos um dos países que mais dá crédito às mentiras nas redes sociais. E ainda reclamamos porque nossos políticos mentem tanto!


Governo novo sem trégua

(BRASÍLIA) - O novo governo não terá trégua para aprovar as medidas econômicas que julgar imprescindíveis para reequilibrar as contas públicas e retomar o crescimento econômico. Para o professor da Universidade de Brasília (UnB) e cientista político Paulo Kramer, as crises política e econômica reduziram significativamente a tradicional lua de mel que caracteriza a relação inicial entre um governo iniciante e o Parlamento. Integrante de um grupo de intelectuais de Brasília que colaboram para o candidato do PSL, Kramer avalia que um eventual governo Jair Bolsonaro enfrentará resistência no Congresso já em seus primeiros dias, a despeito de o partido ter emplacado a segundo maior bancada da Câmara, com 52 deputados.

“Vai ser uma lua de mel curta. Os 100 primeiros dias do Bolsonaro vão começar não a partir de 1º de janeiro, mas a partir do momento em que for declarado o resultado das urnas. A situação do país é muito grave. Ninguém vai ter paciência para esperar”, avalia o professor. Para ele, caso seja eleito, Bolsonaro vai priorizar a aprovação da reforma da Previdência, ainda que a proposta seja analisada pelos parlamentares de forma fatiada. “Se não aprovar no primeiro semestre, não aprova mais”, considera.


Bateu pesado

Em evento esta semana para “comemorar” a adesão do PDT ao candidato Fernando Haddad, no Ceará, ao qual o candidato derrotado Ciro Gomes não compareceu e mandou seu irmão os petistas passaram por uma tremenda “saia justa”. Visivelmente irritado e interrompido por apoiadores do segundo colocado a sucessão presidencial Cid Gomes detonou os novos aliados dizendo “ vocês vão perder feio porque fizeram muita besteira, aparelharam as repartições públicas e pensaram que era dono de um país. E o Brasil não aceita ter donos”. Diante da plateia petista que o vaiava, gritando o nome de Lula, o político cearense completou: “Lula o que? Lula está preso, babaca. Lula vai fazer o que? Isto é o PT e o PT desse jeito merece mesmo perder”.

E terminou dizendo: ”Vocês vão perder a eleição, babacas”.

Com um aliado desse o PT não precisa de adversário.


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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