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04/05/2019 às 10h26

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Os donos da bola


Para refletir:

A política não é a ciência da sinceridade, nem da coerência.


Os donos da bola

Pelo menos até o momento os dois nomes políticos de Alagoas mais próximos do Palácio do Planalto são Benedito de Lira e seu filho deputado Arthur Lira. Ambos têm trânsito livre com a maioria dos ministros, por recomendação do próprio presidente que também já conversou mais de uma vez com os dois. O deputado Arthur Lira continua um dos nomes mais fortes na Câmara Federal e “dono” de uma fatia considerável de votos que podem ajudar ou atrapalhar muito o governo. O ex-senador é um mestre na arte da articulação política, conhece os caminhos “atapetados” da esplanada e joga pesado quando se trata dos interesses do estado. Está fazendo falta no Senado Federal e muitos já se mostram arrependidos por ter trocado de voto.

Esta semana me confessava um prefeito de importante cidade do interior, durante reunião da Associação dos Municípios (AMA): “Trocar o mandato do Biu por uma aventura foi um risco equivocado. Mais da metade dos municípios do interior só tem recursos que mal dá para pagar a folha. Ninguém tem condições de fazer investimento e atender o mínimo que a população reclama. Se continuar assim algumas prefeituras vão fechar as portas. O maior erro do alagoano foi não eleger o senador que mais trazia recursos para o interior e também para a capital”. 

 

A esperança desses prefeitos é que Benedito de Lira venha a ocupar um importante cargo no governo federal e esse fato tem circulado com insistência em Brasília. Uma coisa é certa e eu conferi: Arthur e Benedito de Lira estão com a bola toda no Palácio do Planalto.


Governador reage

Situo-me entre os jornalistas mais críticos em relação ao governador Renan Filho (e são poucos), porem nada de pessoal tenho contra ele. Apenas sou intransigente quanto ao interesse público e não tenho nenhum compromisso com os seus erros. Não tenho vinculação politica com nenhum lado e só devo satisfação aos meus leitores.  Da maneira que o critico o elogio quando merece e é sobre isto que quero falar: Em contraponto as aleivosias do presidente Jair Bolsonaro com a sua declaração “ quem quisesse fazer sexo com mulher no Brasil ficasse à vontade”, em referência ao turismo sexual. O governador foi enfático : “ Alagoas tem lugares incríveis para se visitar, o estado está preparado e de braços abertos para receber o turista. Esse é o turismo que queremos. Turismo sexual, não! Respeito à nossa gente, às nossas mulheres, Esse é o nosso princípio condutor”. 

Em um país campeão mundial de violência contra as mulheres, com politicas públicas equivocadas. Falta de ações efetivas e de resultados contra a exploração, o estupro, e o feminicídio em escala crescente. Incentivar o turismo sexual é no mínimo uma grande falta de responsabilidade.

O governador de Alagoas com sua declaração mostrou ao país que aqui é diferente. Parabéns  pelo emblemático gesto de responsabilidade e defesa da mulher alagoana.


Reforma da Previdência

(BRASÍLIA) - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou  que, sem a reforma da Previdência, o Brasil pode passar por uma crise econômica semelhante à enfrentada atualmente pela Argentina.

A Argentina passa por uma forte desvalorização da sua moeda, inflação alta e baixo crescimento econômico. Segundo ele, o país vizinho está “pagando a conta” por não ter feito o ajuste fiscal necessário para melhorar a economia. Maia também ressaltou que a reforma vai trazer credibilidade ao País e garantir o futuro das novas gerações.

“O que a Argentina vem passando nos últimos dias é uma sinalização clara de que um país que não faz o seu ajuste fiscal paga a conta. Infelizmente, a Argentina está pagando uma conta alta do aumento do desemprego, de aumento da inflação que corrói, em primeiro lugar, o salário dos que ganham menos”,

É preciso então que os parlamentares se conscientizem da importância da reforma da Previdência para o futuro do país. Que se mude os pontos necessários, a defesa dos que ganham menos e aperto nos que ganham mais, só não vale a obstrução, postergação, diante do alto preço que o brasileiro poderá pagar. Governo e oposição devem se entender naquilo que  é melhor para o povo, sem agredir os cofres da governabilidade


Reforma da Previdência II

O presidente da comissão especial que analisa a reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), espera que a proposta seja votada até junho na comissão, mas destacou que o mais importante é conseguir os 308 votos mínimos para aprovar em Plenário. 

Segundo Ramos, os trabalhos no colegiado têm que ser coordenados com a construção de maioria no plenário. “Não adianta votar na comissão sem a garantia no plenário”, disse o presidente.

Ele apresentou o cronograma de trabalho que prevê a realização de 11 audiências públicas com cerca de 60 convidados para debater o tema no colegiado. “O debate tem que ser mais plural possível, tem que ser amplo mas tem que terminar”, disse Marcelo Ramos adiantando que, apesar de haver sugestões para ouvir 130 pessoas, esse número deve ser reduzido. “Eu não posso usar o argumento de fazer audiência pública e inviabilizar o momento da matéria de ser votada. Vou tentar coordenar para que a gente possa ter mais tempo para discutir as emendas”, afirmou.

O relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou que o objetivo é terminar a votação da proposta no Plenário da Câmara até o fim do primeiro semestre. “Precisamos de um tempo para fazer as simulações e correções”, disse o relator. “Temos um problema fiscal grave, e [vamos] aproveitar para corrigir as injustiças desse processo.” 


Renan ganha mais uma

O senador Renan Calheiros festejou, com justa razão, o arquivamento mais um inquérito contra ele no âmbito da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, arquivou uma investigação contra Renan e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia  por suposto recebimento de valores para aprovar medidas provisórias.

"Acusações absurdas que estão sendo corrigidas. Está cada vez mais evidente que as investigações foram fruto de perseguição de Janot e do procurador do power point, Dallagnol ", disse o senador

O arquivamento desta investigação foi pedido pela atual PGR, Raquel Dodge, que não viu indícios que sustentassem a continuidade das apurações. A suspeita, surgida na delação da Odebrecht, era de que ele e Maia teriam recebido R$ 7 milhões da empreiteira para aprovar, em 2013, que tratou de benefícios fiscais ao etanol e à indústria química.

Mais uma frustração para os procuradores de Lava Jato que mesmo com uma grande quantidade de denúncias formuladas não conseguiram fazer Renan Calheiros réu nesta operação. E os procuradores midiáticos perdem mais uma.


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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