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06/09/2019 às 11h28

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Turismo oficial na China


Para refletir:

A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios. (Barão de Montesquieu).

Turismo oficial na China

Deputados querem saber como o governador e assessores torraram mais de meio milhão em mordomias

Quando o governador com uma numerosa “trupe” partiu para a China para um divertido e caro “périplo”, pago com o dinheiro dos alagoanos, aqui eu adverti da inutilidade da viagem e fiz uma provocação: que ao retornar se convocasse uma coletiva na qual cada um dos felizardos “turistas oficiais” narraria sua participação na “comandita” (como gostava de se referir às comitivas do governador o saudoso deputado e poeta Pedro Ferreira) e os benefícios trazidos para esse desgraçado estado, da “terra do sol nascente”.

O roteiro turístico do governador, secretários e assessores à China custou ao combalido cofre público a bagatela de R$ 612,5 mil pagos a uma  empresa de Desenvolvimento Comercial Ltda. , em um contrato suspeito, sem licitação (um negócio da China), segundo o combativo deputado Davi Maia (DEM).

"Toda Alagoas anseia conhecer o resultado da Missão China, porque até o momento o que a imprensa destaca é que as empresas que anunciaram investimentos já tinham perspectivas e projetos de fazer isso, antes mesmo dessa viagem". Salientou Maia.

Convocação “abortada”

Havia uma tendência na Assembleia Legislativa para uma convocação aos participantes da “Missão China” onde cada um (conforme eu havia sugerido) se explicaria diante dos deputados sobre o seu papel e como gastou o dinheiro do alagoano. Porém uma manobra do Palácio evitou um constrangimento maior e optou-se por um “convite” para apenas o chefe da delegação, secretário Rafael Brito (ressalte-se um competente profissional que pode se contaminar em um governo lotado de suspeitas nada republicanas).

No convite  outro assunto a ser abordado: para onde foi o dinheiro  ( muitos milhões ) do Fundo de Combate á Pobreza desviados para outras ações?

As pautas prometem uma sessão bastante animada na Assembleia Legislativa.

É só aguardar e ficar de olho.

Quebra de braço

(BRASÍLIA) - Em pauta esta semana na Comissão de Constituição e Justiça e

 Cidadania da Câmara dos Deputados o projeto que torna crime de responsabilidade a usurpação da competência do Poder Legislativo pelos ministros do Supremo Tribunal Federal teve sua votação adiada.

Segundo o projeto, quando os ministros do Supremo decidirem sobre aspectos que o Senado julgar que sejam de competência do Legislativo, eles poderão sofrer impeachment. Já existem outras hipóteses para o impeachment de ministros do Supremo.

No entendimento da deputada Chris Tonietto (PSL-RJ), relatora do projeto, a medida é uma reivindicação de parte da sociedade que não teria ficado satisfeita com decisões como a que permite pesquisas com células-tronco.

Chris Tonietto apresentou abaixo-assinado com 300 mil assinaturas de apoio à proposta. “O povo brasileiro não é palhaço. Muitas vezes, tratam como se fosse, mas não tem nenhum idiota lá fora. O povo brasileiro quer ser respeitado. E respeito passa também por esta Casa. Então, a criminalização da homofobia e outras pautas que são caras ao povo estão sendo legitimadas pelo Supremo à revelia da vontade popular”, afirmou a parlamentar.

CPI da Lava Jato

O senador petista Humberto Costa acusou na última quarta feira, em Plenário, o procurador da República, Deltan Dallagnol, e o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ex-juiz federal da Operação Lava Jato, de usarem o cargo para interferir no processo eleitoral de 2018.

Para o parlamentar, não há dúvida de que a Lava Jato é uma atividade político-partidária de membros da polícia, do Ministério Público e do Judiciário. Por isso, o senador defendeu a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a parcialidade das decisões proferidas pelos agentes públicos.

— É assombroso que, até esta data, não haja um órgão de controle sequer deste país que tenha dado início a um processo de investigação da conduta desses maus agentes, que enlamearam a atividade policial, o Ministério Público e a magistratura. Todos estão impunes. Deltan segue chefe da Lava Jato, e Sergio Moro, pasmem, comanda a Polícia Federal, que deveria investigá-lo. Em nenhum país civilizado, uma trama tão vergonhosa como essa poderia ter espaço e, menos ainda, ser ignorada — disse.

Collor: a Amazônia é nossa

O senador Fernando Collor afirmou nesta quarta-feira na tribuna do Senado ,  que as queimadas da Floresta Amazônica tem afetado a imagem do país e pondo em risco a posição de prestígio que Brasil ocupa no debate internacional sobre meio ambiente.

No entanto, para ele essa questão não corresponde à realidade. “O Estado tem plena consciência da responsabilidade com relação à preservação da Amazônia. Não cabemos, portanto, nas acusações imerecidas de que fomos alvo nos últimos dias. E não admitimos, nem minimamente, declarações descabidas sobre a hipótese irreal e impossível de internacionalização da Amazônia” — disse.

Os fantasmas do governador

O governador Renan Filho deve estar dormindo assustado com os fantasmas da improbidade a tirar-lhe o sossego e até ameaçar sua manutenção no cargo para o qual foi eleito há menos de um ano com uma expressiva votação, embora numa disputa sem adversários. Setores vitais do governo estão sendo vasculhados com indícios de corrupção e alvo de denúncias formais de segmentos importantes e acreditados da sociedade. Há suspeitas fundamentadas de desvios de finalidade no Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecoep). Os indícios são antigos, desde o seu primeiro mandato, mas agora toma uma proporção maior quando documentos são apresentados apontando que o dinheiro que deveria servir para matar a fome, curar doenças e proteger milhares de miseráveis podem ter sido desviados pelos ralos criminosos da corrupção.

As suspeitas que prometem revirar as entranhas do palácio do governo  atingem a alarmante soma de um bilhão de reais durante o período de pouco mais de quatro anos.

Sabe-se que paralelo às denúncias de setores da sociedade alagoana, existem também uma apuração em andamento por parte de órgãos de controle externo, no cumprimento de preservar o interesse público e combater sistematicamente os atos de improbidade sob suspeição no governo estadual.

Por estes dias me revelava uma confiável fonte de um desses órgãos: “ As denúncias são graves e os indícios saltam aos olhos. É preciso muita cautela, mas também muita determinação na abertura das contas para que se examine e seja buscada a verdade em cada convênio, contrato e outros instrumentos de despesas do governo com as ações que deveriam acontecer para erradicar os bolsões de miséria de Alagoas”. 


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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