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04/04/2020 às 13h13

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Estou de volta


Não é a política que faz o candidato virar ladrão. É o seu voto que faz o ladrão virar político.

Estou de volta

Já dizia o escritor paraibano, José Américo de Almeida, que “Ninguém se perde no caminho da volta, porque voltar é uma forma de renascer”. E aqui estou retornando ao exercício prazeroso de escrever minha coluna, após meses de regime sabático, imposto por questões de saúde e depois por minha indecisão de continuar ou não falando sobre política, como o faço há muitos anos. Refleti bastante sobre o retornar e sempre respondia aos queridos leitores que me abordavam na rua, nos supermercados e locais que frequento: “volto em breve”, mas no íntimo a indecisão batia mais forte. Sei que meu estilo de fazer jornalismo incomoda muitos, mas agrada a outros tantos. Nestes tempos de ódios ideológicos, fanatismo político e protagonismo de um governo desastroso e políticos corruptos, em sua maioria, me levam a cravar em meus textos uma indignação que não consigo esconder e isso me faz ganhar inimigos gratuitos, que não toleram a exposição de suas mazelas e falcatruas. Não sou de “meias palavras”, não me toleraria assim. Não tenho dúvidas que minha família gostaria de me ver fora dessa “carnificina imoral” que é a política, mas sei também que ao mesmo tempo minha mulher, minha filha e minha neta têm orgulho de como exerço o meu  sagrado exercício de escrever, com ética e dignidade sem jamais temer qualquer que seja a circunstância, a convivência com a verdade , doa a quem doer. Na minha caminhada perdi alguns amigos (será que eram mesmo amigos?). Fui perseguido politicamente e sofri represálias por parte de governadores, senadores e outros. Durante a famigerada ditadura militar, escrevia para o Diário de São Paulo e Jornal da Tarde (SP) na editoria de Cultura e fui perseguido apenas por conviver com alguns artistas como Gianfrancesco Guarnieri, Chico Buarque, Nara Leão, Plinio Marcos, Paulo Autran e toda a turma do Teatro Opinião, Procópio Ferreira, Ciro Del Nero, Jô Soares e outros. Com certeza se já escrevesse sobre politica não estaria contando essa história.

Em Alagoas a política 

Já no final da década de 60, chamado pelo meu editor no Diário de São Paulo fui recomendado a voltar a Alagoas, pois minha vida poderia estar correndo perigo. Não foi fácil para mim, pois amava aquela cidade e sabia que minha carreira ali tinha muito futuro, tinha feito muitos amigos e apesar dos meus apenas 21 anos de idade já era acreditado e procurado como jornalista. Não dava para ficar com a turma do famigerado delegado Fleury (DOPS) de olho em mim, era morte certa. Voltei triste, não me despedi dos amigos, coração partido por meu amor por “Sampa” e ainda hoje sou apaixonado.

Ao chegar a Maceió vim direto para o velho Jornal de Alagoas (Diários Associados), comandado então pelo competente jornalista e amigo Ricardo Neto, onde ocupei todas as funções hierárquicas da redação chegando a seu editor. Fundei com o extraordinário Noaldo Dantas o semanário Opinião, que bateu recordes de leitores. Também criei com meu inesquecível e querido amigo Pedro Collor, o jornal CORREIO DE ALAGOAS, que disputou acirradamente com a sua Gazeta de Alagoas e foi fechado por Fernando Collor, mas só porque o Pedro faleceu abruptamente.

O primeiro político alagoano que conheci foi Guilherme Palmeira, através do amigo comum Manoel Cavalcante (Manduca). Que sorte, pois seria o mais digno homem publico da história política de Alagoas. Fui seu chefe de gabinete na presidência da Assembleia e secretário em seu governo. Andávamos tanto juntos que o brilhante jornalista Arthur Gondim, em sua mais lida coluna da imprensa local, se referia a mim como “a sombra do Guilherme”. Durante anos essa amizade só cresceu e por ele tenho um amor infindo. É o meu Guru.

Conheci e fui amigo de muitos políticos dignos (naquele tempo havia isso), apenas não citarei nomes para não esquecer algum. Mas também conheci um “magote” de cabras safados (essa espécie tem em profusão).

São 53 anos de jornalismo bem vividos e com muita história para contar. Um dia escreverei todas. Mas o importante é que estou de volta e estou feliz. Aqui é minha trincheira de luta, falando pelos que não podem falar, denunciando quando preciso, elogiando quando merecido. Me aguentem...cheguei!

Por uma causa

Não quero por enquanto fazer qualquer análise sobre a união do governador Renan Filho com o prefeito Rui Palmeira com vistas às próximas eleições. Nem levo em conta o nome que apoiarão para a Prefeitura de Maceió. Falarei apenas dos benefícios institucionais dessa reaproximação. Ambos são duas lideranças, as maiores de Alagoas e juntos poderão, não só construir um vigoroso caminho politico, mas também um solido projeto para o Estado. São maduros o suficiente para enxergar isso e certamente o farão.

Palmeira viva

Caiu como uma bomba a provável candidatura da juíza aposentada Sônia Beltrão à prefeitura de Palmeira dos Índios. Após atuar por 15 anos como magistrada na comarca deixou sua marca de seriedade, humanidade e conquistou a comunidade palmeirense em todas as camadas. De tradicional família política alagoana, tem esse sangue nas veias e foi convocada pela sociedade para participar da disputa que se parecia tranquila para o atual prefeito Júlio Cezar. Minha opinião: Palmeira tem a chance de se redimir de anos de votos equivocados.

Cuidando da Educação

O educador Hélio Laranjeira, alagoano, é hoje o maior empresário em plataformas de Cursos On Line no país, dono do Grupo Residência Educação, com atuação em todo o país está atento ao grave problema que o setor poderá enfrentar com a pandemia de Coronavírus e a real possibilidade da continuidade da suspensão das atividades escolares. Procurado já pelo governo de Brasília firmou parceria para atendimento de toda rede de ensino do Distrito Federal prevendo a extensão do período em aulas presenciais.

Priorizando o seu Estado, o professor Hélio Laranjeira já encaminhou expediente ao prefeito Rui Palmeira, solicitando uma audiência em videoconferência para “apresentação de soluções para o enfrentamento dos desafios da educação presencial em tempos de pandemia”. O prefeito se mostrou muito interessado no assunto.

Alagoas bem cuidada

 O governador Renan Filho e o prefeito Rui Palmeira têm dedicado suas agendas praticamente em tempo integral na busca de soluções para minorar os afeitos da pandemia de Coronavírus em Alagoas. Renan foi um dos primeiros governadores no país a tomar medidas protetivas e com recursos próprios fez andar os segmentos de saúde. Ambos (governador e prefeito) cuidaram da preservação de vidas ao decretar paralizações de algumas atividades  e optar pelo “confinamento social”. Os resultados mostram que estavam certos. Alagoas agradece pelo cuidado com a saúde de seu povo.

Expressas

Trégua Um internauta me pergunta: “Fez as pazes com o governador”? – Respondi – Não. Dei uma trégua.

Eleição já – Dificilmente as eleições serão adiadas. Terão que mudar a Constituição e muitas leis. TSE não quer.

Fiasco – Esse é o trôpego mandato do senador Rodrigo Cunha. Seus votos viraram decepção.

JHC agindo – Disparado o mais atuante da bancada federal em tempo de pandemia. O deputado JHC tem sido muito proativo. 


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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