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12/09/2020 às 11h25

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Trama nacional


Para refletir: "E jornalista é que nasci, jornalista é que eu sou, de jornalista não me hão de demitir enquanto houver imprensa, a imprensa for livre”. (Rui Barbosa).


O fim da Lava Jato

Notícia de Brasília – A eleição de Maia e Alcolumbre para presidentes da Câmara e do Senado, os vários julgamentos no STF, a demissão de Sérgio Moro,(foi enganado desde que recebeu o convite para ser ministro) a nomeação de Augusto Aras (PGR), as mudanças na Polícia Federal, a liberdade para Lula, a punição de Deltan Dallagnol , são apenas algumas peças das tratativas entre Governo, Senado, Câmara e STF para acabar de vez com a Operação Lava Jato e livrar todos os bandidos denunciados ou mesmo condenados dos crimes de corrupção cometidos. Todos os envolvidos na trama sairão livres e milionários.

E o pior: o povo brasileiro “engole” calado. Este não é um país de vergonha.

Quando a Justiça afronta

As cabeças enlouquecidas dos ministros do Supremo há muito chegaram às raias do absurdo, com decisões equivocadas, provocativas e desrespeitosas aos demais poderes, ao povo e a Constituição. Deveriam ser salvaguardas da Democracia e se tornaram um bando de facínoras fazendo um poder ditatorial e abjeto, sem qualquer limite de responsabilidade.

A última face cruel dessa justiça equivocada veio da lavra da ministra Carmem Lúcia dando cinco dias para o Exército explicar sua presença na Amazônia. Pasmem onde chegaram! Faço minhas as palavras do mestre J.R Guzzo em memorável artigo quando diz:

“Os atuais ministros do STF estão numa disputa cada vez mais agitada para ver quem, entre os onze, consegue fazer os piores papéis. Há, é claro, os grandes craques, gente da qualidade de um Gilmar Mendes ou Dias Toffoli, Edson Fachin ou Luís Roberto Barroso – especialmente esse Barroso, que se esforça todos os dias para ser nomeado guardião supremo da virtude no Brasil e, possivelmente, no resto do mundo. Mas sempre há um lugarzinho para a turma da segunda divisão tentar alguma coisa. É o caso da ministra Cármen Lúcia, que andava entregue à pequenez habitual de sua presença na mídia, hoje mais excitada com colegas que falam de “genocídio”, de “dictatorship” etc. É a velha história. Se ninguém está prestando atenção em você, tenha um ataque de nervos; sempre haverá quem pare um pouco para olhar”.

Como se pode admitir que um membro do colegiado da mais alta corte de justiça do país não saiba interpretar o texto da Constituição? Se soubesse não cometeria esse absurdo.

Para mostrar que esse tribunal não tem nada de “supremo” a resposta veio imediata através do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno: “A ministra Carmen Lúcia, do STF, acolheu ação de um partido político e determinou que o presidente e o ministério expliquem o uso das Forças Armadas, na Amazônia. Perdão, cara Ministra, se a Sra. conhecesse essa área, sabe qual seria sua pergunta: “O que seria da Amazônia sem as Forças Armadas?” O vice-presidente Hamilton Mourão em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, disse que “é mais um uso político do STF”.

Um país estarrecido assiste à politização absurda do Supremo Tribunal Federal exatamente na contramão da história.  Até onde vamos suportar tamanha afronta aos brasileiros?

Um desagregador

Ao que parece o senador Rodrigo Cunha não deverá ter mesmo vida longa na política, se depender de sua habilidade no trato com lideranças e companheiros de partido, não bastasse a decepção de seu pífio mandato equivocadamente conquistado. Há ainda tempo de recuperar seu fôlego, porém terá que fazer uma longa e difícil reciclagem em sua caminhada  que tem sido permeada de tropeços e desgastes eleitorais. Não é raro encontrar  pessoas que votaram nele na última eleição com sinais de arrependimento do voto dado na esperança de eleger um político de práticas diferentes, o que não aconteceu.

Ultimamente entrou em conflito com lideres do seu partido (PSDB) em Maceió e Arapiraca, passando por cima de socialistas históricos e até afrontando a memória do ex-prefeito Rogério Teófilo, tudo para satisfazer seu ego repleto de vaidades infantis, nada recomendáveis para quem quer trafegar na história política.

Tentou, a todo custo, emplacar o candidato a vice-prefeito na chapa de João Henrique Caldas (JHC) mas foi barrado em suas articulações sem consistência e está fora da jogada.

Ronaldo Lessa

Até o fechamento da coluna a situação envolvendo o ex-governador não estava definida, mas bem adiantada. Se quiser será o vice de JHC no embate que vem aí. Traz consigo uma bagagem de experiência e um considerado potencial eleitoral o colocando entre os melhores apontados em todas as pesquisas. Sabe jogar bem o jogo político e é um bom articulador. Apanhou muito em algumas eleições, foi perseguido injustamente pela Justiça Eleitoral alagoana e aprendeu com o tempo, foi traído algumas vezes, a última pelos insaciáveis Calheiros em suas trapaças para dominar Alagoas.

Eleições esvaziadas

O Tribunal Superior Eleitoral está muito preocupado com o possível esvaziamento do eleitorado no dia das eleições (15/11) por causa do medo de pegar o Coronavírus. Como a multa é irrisória (3,50) e o próprio TSE estuda como anistiar essa multa, surge a real possiblidade de uma debandada geral inclusive atingindo pessoas que trabalharão nas secções eleitorais. Será, sem dúvida, uma eleição atípica e com uma abstenção nunca vista na história.

Vereadores: limpeza radical

Ao que tudo indica a mudança no plenário da Câmara de Vereadores de Maceió será bastante acentuada e precisa ser, para mudar os perfis clientelistas e inapropriados da atual composição em sua grande maioria. Nomes novos e outros não tão novos que prometem um parlamento municipal diferenciado. Entre esses Heloisa Helena, Flavio Gomes de Barros, Fábio Palmeira, Maria Tavares, Marcelo Palmeira, Joãozinho Gabriel, Sandra Menezes, Ailton Villanova, Judson Cabral e outros que citarei depois.

Se a Justiça Eleitoral cumprisse seu papel na fiscalização da compra de votos teríamos um resultado de um pleito não comprado e negociado, sem os criminosos “cadastros”.

Vergonha de ser honesto

Diante da afrontosa e absurda decisão do Conselho Federal do Ministério Público aprovando a inconcebível pena de censura ao procurador Deltan Dallagnol resta-nos constatar que a “Água de Haia” tinha razão: “haverá um dia em que nos envergonharemos de ser honestos”. 

O que disse o procurador ao tomar conhecimento da decisão:O Conselho Nacional do MP me censurou hoje por ter defendido a causa anticorrupção nas redes sociais, de modo proativo, aguerrido e apartidário. Discordo da decisão, que ainda há de ser revertida”.

Não acredito em reversão da decisão, até porque os que julgaram e os que julgarão são todos iguais.

Heloísa Helena será a grande bandeira de dignidade das próximas eleições. Terá os votos mais conscientes do povo de Maceió.

Governador está com o prestígio tão em baixa que não seria eleito nem vereador. É o peso do retorno da maldade.

Anote: está cravado o destino de Maceió nos próximos quatro anos. Alfredo Gaspar ou João Henrique Caldas (JHC). Ambos capazes de fazer uma boa administração.


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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