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26/04/2021 às 12h00

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CPI do Covid. Pronta para atacar

Para refletir

“Bolsonaro não conseguirá criar falsa narrativa de perseguição a ele na CPI”. (Renan Calheiros)

 

Está definido, a cúpula da CPI da Covid quer traçar uma linha do tempo e iniciar os trabalhos esquadrinhando as razões que levaram à queda dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.

O objetivo é entender, por exemplo, se houve e como se deu a pressão do presidente Jair Bolsonaro para que o governo defendesse, no tratamento contra a Covid-19, o uso da hidroxicloroquina —medicamento sem eficácia comprovada contra a doença.

A estratégia tem sido discutida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), indicado como presidente da comissão, com Renan Calheiros (MDB-AL), que deve ser o relator.

Enquanto isso, parlamentares já conversam nos bastidores sobre as primeiras ações do colegiado.

As oitivas iniciais podem servir para municiar uma linha de investigação de membros da oposição e dos independentes. Esse grupo quer, logo nas primeiras semanas, tentar comprovar que o Planalto agiu de maneira deliberada em busca da denominada “imunidade de rebanho”, na contramão da orientação de especialistas na área.

A ideia dos parlamentares críticos ao governo é mapear logo no começo as ações do Executivo na aquisição de remédios para tratamento precoce, como a hidroxicloroquina, para verificar quanto de dinheiro público foi usado na compra de medicamentos sem eficácia comprovada.

A presença de Renan Calheiros na CPI da Covid passou a representar um terror na vida do presidente Bolsonaro, como relator então virou uma tragédia anunciada, na análise de alguns dos inquilinos do Palácio do Planalto. E não é para menos. O senador alagoano é um exímio profissional da política, talvez o melhor em campo, hoje em dia. Antes de ser confirmado na relatoria, ele já sinalizou que Jair Bolsonaro não terá vida fácil na CPI. Em entrevista ao jornal O Globo publicada no sábado (17), fez duras críticas à forma com que o presidente agiu (e deixou de agir) na pandemia. E disse nunca ter visto um ministro tão medíocre quanto Eduardo Pazuello.

Mesmo que alguns acreditem que não, será Renan Calheiros quem vai dar o tom e o compasso da CPI, por sua experiência, liderança e saber fazer acontecer as coisas dentro do Congresso. Com a confirmação de seu nome para a relatoria é o começo do inferno astral do clã dos Bolsonaros.

Ronaldo Lessa

O vice-prefeito Ronaldo Lessa, após dias no estaleiro acometido de Covid, voltou animado para a linha de frente, dando suporte ao prefeito e se dedicando a composições políticas do seu partido (PDT). Tem se reunido com frequência, conversado com lideranças nacionais a exemplo de Ciro Gomes e traçado metas na atividade partidária, Inquieto e sempre ativo, já não aguentava mais o “confinamento” que lhe foi imposto. Ganhou as ruas e declarou:” Estou embalado e vamos em frente”.

O pique do prefeito

O prefeito JHC tem mostrado uma característica pessoal muito valiosa na política. Sua empatia com o eleitorado da periferia, que lhe deu uma enxurrada de votos na eleição, cresce a cada dia. Senta na cadeira para despachar apenas o necessário para tocar a administração. Gosta de “correr trechos”, fiscalizar obras nos bairros e apertar mãos de pessoas humildes. Alguns dos seus auxiliares já estão cobrando um adicional para compra de sapatos novos, outros estão recorrendo a especialistas em “dor nas pernas”. O secretário Lininho Novais (comunicação) tem se desdobrado para socorrer colegas que por não aguentar o pique de JHC, pedem ajuda na pauta. Informado da reclamação o prefeito sorriu e disse: “eles não viram nada, pois o motor ainda está aquecendo”.

Sem férias, mas com mordomia

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) Wagner Rosário , esteve esta semana  na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados para prestar contas sobre os R$ 2,4 milhões gastos por Jair Bolsonaro em viagens à praia. Entre 18 de dezembro de 2020 a 5 de janeiro deste ano, o presidente foi a São Francisco do Sul, no litoral catarinense, e ao Guarujá, em São Paulo. Segundo Rosário, Bolsonaro não foi descansar nesses lugares, ele estava apenas “trabalhando fora do local costumeiro”

“Foi colocado no requerimento que ele estava de férias, mas presidente não tem direito a férias. Ele permaneceu trabalhando normalmente. Nos períodos das viagens ele despachou com seus ministros e assessores e só nesse período assinou um decreto, sete medidas provisórias e sancionou seis projetos de lei”, justificou. Esse povo imagina que somos todos idiotas.

Querem sucatear nosso porto

O sucateamento do Porto de Maceió vem de uma longa a mal contada história, cheia de equívocos e violação de leis e regras administrativas, após passar por várias administrações movidas mais pela má política e a condenável troca de interesses, nem sempre republicanos.

Os trabalhadores do Porto nunca aceitaram a posição de inferiorização perante a administração de Natal (RN).

Mais recentemente a questão da implantação de um terminal para armazenar ácido sulfúrico em Maceió, reacendeu a revolta dos portuários, diante de uma concreta ameaça de desastre ambiental, tudo feito suspeitamente, burlando as legislações do setor.

Representantes de categorias que atuam no Porto emitiram uma nota de repúdio em que pedem pelo fim da subordinação da instituição ao Porto de Natal, no Rio Grande do Norte, que já acontece há mais de 30 anos. O documento é direcionado a diversas autoridades do Estado de Alagoas.

Palmeira dá exemplo

Implantado há mais de um ano pela administração do prefeito Júlio Cézar uma clínica veterinária móvel presta um relevante serviço de cuidados com animais, realizando atendimento gratuito à população de baixa renda, com pequenas cirurgias, vacinação, combate às zoonoses e castração. Milhares de atendimentos já foram realizados e a população tem comparecido em massa durante as campanhas. No comando do já conhecido “Castramóvel”, está o competente médico-veterinário Paulo Wianês, reconhecido como um dos maiores incentivadores da causa animal no estado.

Alexandre Ayres

Anote essa: o secretário de Saúde Alexandre Ayres será uma grande aposta para 2022 na agenda do governador Renan Filho. Tem estado colado no chefe não apenas nos atos de combate à pandemia, mas em qualquer atividade política na capital e no interior e não é como “papagaio de pirata”, mas como protagonista. De trato fácil, tem angariado a simpatia de muitos prefeitos do interior, liderança aplaudida entre os profissionais da saúde e muito bem avaliado pela população. Com trânsito aberto e franco com a imprensa, chegará na reta eleitoral com cacife para qualquer escalação.

E o vereador fanfarrão, a cada dia leva uma pancada pelo seu exibicionismo. Um dia aprende.

Maceió se consagra como a capital brasileira que mais avança na vacinação. O prefeito JHC comanda pessoalmente todos os passos no combate à pandemia.

Agora é lei. Se não usar máscara será multado, sem apelação. Isso se os setores de fiscalização atuarem. 


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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