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31/07/2021 às 11h20

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Em quem pensa o governador?


PARA REFLETIR

“Encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros”.(Voltaire).

Já caminham, embora ainda por estradas incertas, as tratativas para as eleições que vão acontecer no próximo ano. Partidos da base aliada do governo e da oposição começam e se posicionar em confabulações, ainda blindadas por segredos, para definir principalmente as chapas majoritárias (governo e senado) que deverão se enfrentar em um dos pleitos mais concorridos da nossa história política.

Embora ainda sem a definição de um nome para chamar de seu, o lado do governo se mostra com muito maior densidade que qualquer outro opositor, por conta do percentual natural de quem está no poder e amparado na excelente administração do governador Renan Filho, que é avaliado como um dos melhores gestores dos últimos tempos, com elevado conceito a nível local e nacional.

O governador tem se sobressaído, quando a maioria dos seus colegas sofre desgastes, por conta de uma administração de resultados positivos. A própria pandemia o colocou no topo da avaliação positiva, pelo seu protagonismo a nível nacional. Teve coragem e se arriscou politicamente ao adotar medidas amargas na prevenção e adoção de restrições sociais, bateu de frente com setores empresariais e classistas, que tiveram que se render para evitar a propagação do vírus.

Construindo em plena crise 

Em plena crise construiu e equipou hospitais e bases de saúde, muito importantes para combater a pandemia (o único governador que entregou hospitais novos e totalmente equipados no país). Na educação está fazendo uma revolução de obras e valorização dos profissionais, escolas reformadas, construídas e ampliadas, prontas para a retomada das aulas presenciais. Na infraestrutura rasgando e duplicando estradas, incentivando e atraindo novos investimentos no turismo, gerando empregos e rendas. 

O funcionalismo está recebendo dentro do mês trabalhado, outro fato inédito, além de ainda conceder aumento de salários e a realização de concursos em todas as áreas da administração. 

No meio do caminho, uma pedra

Se houvesse a possibilidade de um terceiro mandato, caso a legislação eleitoral permitisse, o governador seria imbatível e sem concorrentes à altura de um embate. Desfez completamente a “maldição do segundo mandato” quando tem o segundo período de administração mais bem avaliado que o primeiro. 

O problema é que Renan Filho, com todo esse acervo eleitoral que carrega, está tendo dificuldade em escolher o seu sucessor. Cometeu o pecado de sempre: não preparou um nome para lhe suceder e não se vê em seu entorno nenhum nome que se diga: esse é o cara! 

Não que não tenha a seu lado nomes preparados para a missão e tem vários, mas o problema é fazer desse nome um potencial aglutinador de votos em tão pouco tempo.

Na lista entre outros Maurício Quintella, Rui Palmeira, Alexandre Ayres, Alfredo Gaspar, Rafael Brito, José Wanderley, apenas para citar alguns.

De filho pra mãe

A mãe de Ciro Nogueira, Eliane Nogueira (PP-PI), tomou posse  como senadora, no lugar do filho, que assumiu a Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro. O mandato, do qual Eliane é primeira suplente, começou em fevereiro de 2019 e deve se manter até o início de 2027.

A senadora, que não tem experiência em cargos públicos, disse que vai dar continuidade ao trabalho realizado pelo filho é "uma grande honra e muita responsabilidade". Em 26 anos no Congresso, como deputado e senador, Ciro só aprovou dois projetos.

Ao assumir a Casa Civil, Ciro também abriu mão da presidência nacional do partido, que controlava desde 2013. O cargo será agora exercido pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA), que anunciou a mudança em suas redes sociais.

Mais uma excrescência da podre política brasileira.

Confronto à vista

O filho do presidente Jair Bolsonaro, senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) foi confirmado como suplente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Com isso, o parlamentar passa a integrar oficialmente o colegiado que tem apurado ações e omissões do governo no combate à pandemia do Coronavírus. A CPI retorna aos trabalhos na próxima semana.

Um confronto mais acirrado entre o filho do presidente e o relator da CPI, senador Renan Calheiros e também o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues é aguardado, agora que Flávio chega ao plenário da comissão, mesmo como suplente.

O ingresso de Flávio se deve à saída do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que deixou o Senado para assumir o comando da Casa Civil. Ciro era titular da comissão e o movimento dele altera o bloco composto por MDB, Republicanos e Progressistas, com direito a três das 11 cadeiras no colegiado.

A hora do prefeito JHC

Prefeito JHC não para. Logo cedo parte para as diversas obras espalhadas por toda Maceió, vistoria, conversa com os operários, ouve os moradores, recebe abraços e cumprimentos, pelas melhorias nos bairros.

Diariamente comparece aos postos de vacinação, para acompanhar de perto, se reúne com as coordenações do combate à pandemia e se liga nas fontes para cobrar mais vacinas

No gabinete, entre telefonemas, recebe lideranças comunitárias, políticos e toca a pauta administrativa que é imensa

Publicamente tem falado pouco sobre o futuro, mas o tema é abordado sim, no privado. Está observando, costurando e conversando com possíveis aliados. Com aprovação em alta, não vai dar tiro no escuro. Sabe-se que em seu entorno existem insinuações de pretendentes e agregados, mas Caldas é matreiro e é profissional do jogo político.

Vai decidir na hora certa, quando chegar sua hora e o momento adequado.

Não pode entrar arriscando muito, sua proficiente caminhada vitoriosa, com nomes de densidade política duvidosa. Ou entra pra ganhar, do contrário é melhor só observar.

Pílulas do Pedro

Em eleição e futebol, o quesito “caráter” é irrelevante.

Uma pergunta que não quer calar. Onde andam os guardas de trânsito de Maceió? Férias coletivas?

CPI da pandemia voltando, com “pilhas novas” e pauta explosiva. Segura essa, genocida!


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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