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26/09/2021 às 12h14

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Eleições milionárias

PARA REFLETIR

“Nós temos um elenco de provas e, a cada dia, chegam mais provas de que essa coisa infelizmente, lamentavelmente, existiu” - Renan Calheiros sobre o gabinete paralelo no Palácio do Planalto

Eleições milionárias

Se aproxima o ano eleitoral (2022) que promete ser de disputas acirradas nos campos majoritário e proporcional. Pelo andar da carruagem, pra começo de conversa, será uma das eleições mais caras e para conquistar o pódio só há vagas para candidatos ricos (quase todos são) ou aqueles fenômenos eleitorais, que dificilmente surgirá, pelo momento eleitoral muito conturbado e polarizado eleitoralmente.

Um outro problema se apresenta para os candidatos, principalmente dos partidos pequenos, com as novas regras eleitorais proibindo as coligações nas eleições proporcionais, mesmo assim continuarão servindo de “legendas de aluguel” nas composições majoritárias e no tempo de televisão gratuito. Negócios milionários serão feitos em nome da unidade eleitoral espúria.

Aqui entre nós o quadro começa a se definir somente no início do próximo ano, embora as tratativas já estejam rolando nos bastidores.

Os caciques da eleição

Sabemos que na teoria eleição representa a vontade do povo, mas na prática não é bem assim. Os eleitores recebem o “cardápio” pronto para escolher em quem vota e na lista só constam os “ungidos”, pelos que têm o poder, pelas conveniências políticas e pelo dinheiro, que muitas vezes é tirado do próprio povo.

E no mais toda eleição é feita por “caciques” e os “índios” apenas seguem a ordem dada. Os que sabem votar e os “fora da tribo”, são geralmente minoria e não fazem diferença no resultado. Temos um exemplo muito evidente nas eleições de 2018, quando foram eleitos ou reeleitos exatamente os atores citados anteriormente.

Nem sempre é o melhor

Muitas vezes, saindo da bolha do voto negociado, há também, o voto equivocado, o que é tão maléfico quanto o primeiro.

No pleito de 2018, montado em um marketing caboclo, mas eficiente, o então deputado Rodrigo Cunha, que teve um mandato razoável na Assembleia Legislativa, ganhou uma cadeira no Senado, derrotando o deputado federal Maurício Quintella, recém-saído do Ministério dos Transportes, com atuação protagonista no Congresso Nacional e com grandes serviços prestados ao estado.

Alagoas saiu perdendo com a opção equivocada. Rodrigo Cunha é um senador de “segunda classe”, com um mandato pífio e quase que um desconhecido no Senado. Não são poucos os colegas que me indagam em Brasília quem é o terceiro senador de Alagoas (fora Renan Calheiros e Fernando Collor) e eu prontamente respondo: “ninguém”.

Mentindo na CPI

Durante seu depoimento na quarta-feira, o diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, passou da condição de testemunha para a de investigado pela CPI da Pandemia. Tendo jurado dizer a verdade, Batista Júnior foi acusado por senadores de mentir e de ter trabalhado em conjunto com o chamado gabinete paralelo, que atuaria no Ministério da Saúde. O relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), mostrou vídeos em que Batista Junior tratava de protocolos de combate à covid-19 com integrantes do grupo que atuava junto ao governo Bolsonaro. O problema é saber se a CPI terá tempo para ouvir um seu novo depoimento, uma vez que já são 35 testemunhas transformadas em investigadas e a comissão está se em caminhando para o fim de seus trabalhos.

Ofensa irrita senadores

(BRASÍLIA) - Na reunião da CPI esta semana os senadores se solidarizaram com Simone Tebet (MDB-MS). A senadora foi vítima de um ataque machista por parte do ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário. Para os membros da CPI, a atitude do controlador foi uma agressão às mulheres de todo o Brasil e ao Senado Federal como instituição.

“A agressão que nós vimos – e já vimos aqui a manifestação de vários senadores e senadoras – não só atinge todas as mulheres mas atinge esta Casa, porque se tentou, de uma maneira chula, de uma maneira ordinária, de uma maneira canalha até, atingir a imagem da nossa grande e inspiradora amiga Simone Tebet — afirmou o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Durante o seu depoimento, após discordar da senadora, o ministro usou o termo "descontrolada" e sugeriu que a parlamentar “lesse de novo” todo processo referente à vacina indiana Covaxin. Segundo ele, ela teria dito “inverdades” sobre o caso.

Renan Calheiros, missão cumprida

Não foi sem razão que os componentes da CPI da COVID escolheram o senador Renan Calheiros para ser seu relator. Sabiam de antemão as reações desleais do Palácio do Planalto, as tramas e ameaças que circundam o gabinete do presidente e a interferência maléfica dos seus filhos e a sanha criminosa de seus seguidores. Não era tarefa para um senador qualquer. Foram buscar o mais astuto, o que mais em tende de regimento do Congresso Nacional e com coragem suficiente para enfrentar o lado podre do bolsonarismo. Odiado por muitos e amado por alguns, Renan cumpriu fielmente o seu papel, fazendo tremer as bases do Palácio do Planalto e impondo noite insones da Bolsonaro.

O relator está finalizando o aguardado veredicto, que certamente irá incriminar além de políticos, destacadas figuras públicas e empresários, com o presidente da República encabeçando a lista. A montanha não vai parir um rato.

Pílulas do Pedro

Vagner Paes se encaminha para obter vitória nas eleições da OAB. Há uma onda de adesões importantes, à sua candidatura.

Maceió é a única capital que não tem uma política pública voltada para a causa animal.


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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