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18/07/2022 às 11h40

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Um general fanfarrão

Marcelo Camargo - Agência Brasil


PARA REFLETIR - Se a escalada da violência política não for detida, as eleições de outubro poderão ser de sangue.

Um general fanfarrão

(BRASÍLIA) - O então ministro da Defesa, Walter Braga Netto, (hoje pré-candidato a vice-presidente de Bolsonaro) ameaçou a realização das eleições, quando da não aprovação do voto impresso e auditável, em recado ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, que não levou em conta a idiota fanfarronice e agora recentemente  em reunião com um grupo de empresários em São Paulo, voltou a insistir com sua ameaça golpista no mesmo tema.

Ressalta-se que a ala pensante, nas Forças Armadas, que é maioria, não aceita qualquer retrocesso institucional e não se submeterá aos arroubos ditatoriais do presidente Jair Bolsonaro.

Conflito entre poderes não cabe às Forças Armadas mediar ou se intrometer, mas à própria democracia resolver.

Quem fala demais...

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, afirmou que o ex-presidente Lula, líder nas pesquisas, "pode não ter o respeito" das Forças Armadas, mas os militares ainda saudariam o petista caso ele derrote Jair Bolsonaro

Em entrevista à revista Veja, Mourão declarou: "ele (Lula) pode não ter o respeito, mas vamos dizer assim, como vou dizer… ele tem o cargo. A gente quando faz continência para um superior, a gente não saúda a pessoa, a gente saúda o posto. Ele será saudado pelo posto que irá ocupar".

Confesso que há muito não vejo tanta idiotice em uma declaração de alguém que se arvora de concorrer a um cargo político.

Ronaldo Lessa

O velho e sábio Magalhães Pinto (1906/1996) já dizia “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e está e ela já mudou”.

O ex-governador Ronaldo Lessa tem história política positiva na capital e interior. Seu nome ajudou muito na eleição de JHC, na condição de vice-prefeito. Não tem tido o espaço merecido na administração, que perde sua experiência exitosa e na composição política para as próximas eleições seu nome não foi levado em conta por seus supostos aliados. Sentiu-se traído e partiu para uma candidatura solo, que desperta os interesses de outras forças políticas que veem nele um razoável potencial eleitoral. As conversas estão evoluindo e logo teremos surpresas.

Arthur Lira

O deputado Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, pediu respeito à democracia e à garantia da defesa de posições partidárias, diante do clima de violência que o país tem assistido, no confronto entre as duas principais candidaturas a presidente da República. “A Câmara dos Deputados repudia qualquer ato de violência, ainda mais decorrente de manifestações políticas. A democracia pressupõe o amplo debate de ideias e a garantia da defesa de posições partidárias, com tolerância e respeito à liberdade de expressão".

"A campanha eleitoral está apenas começando. Conclamo a todos pela paz para fazer nossas escolhas políticas e votar nos projetos que acreditamos. Esta é a premissa de uma democracia plena e sólida, como a nossa”.

Por um pacto de paz

O assassinato do dirigente do Partido dos Trabalhadores Marcelo Aloizio de Arruda levou também o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a condenar a violência política. Ao manifestar seus sentimentos pela “barbaridade” ocorrida em Foz do Iguaçu. O parlamentar chamou atenção para a responsabilidade dos líderes políticos. Ele se referiu diretamente aos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, e cobrou tanto consciência dos cidadãos quanto um trabalho eficiente das forças de segurança.

Rodrigo Cunha: sofri na pele

O senador Rodrigo Cunha, pré-candidato ao governo, também se mostrou indignado com o episódio de violência política que culminou em um tiroteio entre apoiador de Jair Bolsonaro e do ex-presidente Lula. Cunha perdeu seus pais em um ato de violência política (1998).

“O episódio com morte em Foz do Iguaçu choca o país. Uma pessoa matar outra por pensar diferente. Já senti na pele a violência política. Há gente em Alagoas que se perpetua no poder por conta dela. Não se constrói nada com isso. Tá na hora de fazer diferente.  O caminho é o diálogo”.

Atendimento “Já”

Todas as centrais de atendimento “Já” vão passar por adequações e mudanças significativas, visando um melhor atendimento e a consequente eficiente prestação de serviços aos usuários. A competente secretária de Planejamento e Gestão, Renata Santos, determinou pressa e toda atenção na elaboração das mudanças, objetivando nas adequações modernidade, facilidade e comodidade para o cidadão.

O sucesso incomoda

Os delegados Thiago Prado e Fabio Costa são dois profissionais visíveis e proativos na Policia Civil de Alagoas. Nas redes sociais mostram o bom trabalho de investigação e prisões, protegendo a sociedade com suas ações de resultado. Ambos têm grande numero de seguidores e admiradores. Por conta disso tramita uma descabida proposta na Assembleia Legislativa, buscando proibir o uso de imagens de seus trabalhos e divulgação das operações. O deputado autor da “obra prima” deveria mostrar o que está fazendo em seu mandato e não investir contra quem trabalha com competência.

Pílulas do Pedro

Não podemos permitir que bandidos travestidos de políticos retornem ao poder. A responsabilidade é de cada um de nós”.  (Jorge José da Rocha Guaranho, assassino do petista, dias antes no Twitter).


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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