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04/06/2023 às 16h40

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Serenidade, senador

Agência Senado


PARA REFLETIR - "Caquético", falido", fedido e provoca a eterna desconfiança da sociedade", (Opinião de Renan Calheiros sobre o Sistema Político Brasileiro (2016)

Serenidade, senador

Não tenho absolutamente nada contra o senador Renan Calheiros e respeito a sua trajetória política. O conheci muito jovem, estudante de Direito, calçando alpercatas e distribuindo o jornalzinho do Partido Comunista no Campus da Universidade. Tinha um ideal e professava essa ideologia, junto com camaradas como Edberto Ticianeli, Denis Agra, Regis Cavalcante, Aldo Rebelo Freitas Neto e outros Sempre estivemos em lados opostos, mas dentro de um critério de mutuo respeito.

Calheiros fez da política sua profissão e de um deputado estadual provinciano (1978), foi para a Câmara Federal, (1982), depois, embalado na força de Fernando Collor até então seu opositor e daí pra frente só ascendeu, fazendo-se o homem mais poderoso do Senado e do Congresso Nacional.

Vejo hoje um Renan envelhecido, se encaminhando para “pendurar as chuteiras”, com uma carreira de vitórias (e derrotas) mas ao que parece, com muito ódio dentro de si. Faz ataques virulentos contra seus adversários políticos, envolve o íntimo de famílias, esposa, filhos, esquecendo sua própria vida privada e os percalços que sofreu, em decorrência de graves denúncias no mesmo tom, na imprensa nacional e no próprio Senado. Como sou mais velho posso aconselhar:” tira esse ódio do coração, pois pedras atiradas sempre voltam e podem nos ferir com gravidade. Serenidade senador...serenidade”.

Tudo igual

O prefeito de Palmeira dos Índios está em dia com os vereadores, que freneticamente se exibiram em pose ao lado do “alcaide” esta semana. Contas feitas, contas refeitas e as adesões, nem tão quanto voluntárias, garantem uma sobrevida, não até a eleição, pois novas contas haverão de ser feitas.

Por oportuno os vereadores avalizam a trôpega gestão, zombando da cara dos palmeirenses, diante da destruição do patrimônio público, histórico e cultural da cidade. O principal ponto histórico (Casa de Graciliano Ramos) fechada e delapidada, a Biblioteca Municipal (fechada), o Museu Xucurus (fechado e o patrimônio danificado). Esse povo só pensa mesmo “naquilo”.

O embate continua

Conversei com o deputado Arthur Lira, na quarta-feira, em meio à confusão do dia de votações controversas no plenário da Câmara. Mostrou-se muito irritado com a baixaria de seus adversários que “na ordem do dia” fizeram divulgar mais um maldoso boato impingindo a ele a tratativa com o governo para a saída de determinado ministro. Ele fez essa declaração à imprensa e me repetiu: “A origem da desinformação é na mesma linha daquele que tem usado as redes sociais, (leia-se Renan Calheiros) e seus prepostos, para me desrespeitar gratuitamente. Isso eu não admito e exijo respeito.

O novo Lobão

O jovem político Lobão cortou as madeixas, deu um trato na aparência e surge com um visual de “surfista da Lagoa”, descendo o malho na prefeitura e despontando como provável candidato para enfrentar JHC (muitos outros virão).

Eleito vereador com grande votação, chegou a assumir a Assembleia Legislativa, com uma produção melhor que a maioria dos deputados. Pode até entrar na briga como um “azarão”, mas a história das eleições tem linhas tortuosas. E se o Lobão surpreender? Tem uma máxima que diz “água de morro abaixo, fogo de morro acima e vontade de eleitor, não tem quem segure”.

Rose Davino

Setores caolhos da imprensa local exploraram semana passada a possibilidade da deputada Rose Davino se afastar do Assembleia e que a mesma estaria descontente com a nova experiência no parlamento. O descontentamento ela não esconde e não é pra menos, ao se deparar com a letargia e despreparo dos seus colegas, salvo raras exceções. Porém quanto a se afastar, “nem morta”. Segundo ela “não vou deixar meu mandato por nada, lutei muito sofri um enfarto. Tenho minhas convicções políticas. Minhas insatisfações são sinônimos de luta, de resistência e nunca de desistência. Fui eleita para lutar por Alagoas”. Ressalte-se, Rose Davino é de longe, a mais preparada da bancada de mulheres da Assembleia.

Suzana Palmeira

Nestes meus 54 anos de jornalismo político sempre destaco que Alagoas estaria melhor se todas as “primeiras damas” fossem da estirpe de Suzana Palmeira e Luzia Suruagy. Minha querida Suzana partiu essa semana. Com ela tive contato mais frequente, por conta de minha função institucional e pessoal com o seu amado Guilherme Palmeira. Discreta, inteligente e dotada de elevado espírito de solidariedade, não propagava o que fazia e fosse nos dias de hoje, tenho certeza não estaria em redes sociais, de braços com o mundo midiático. (não desfazendo as que o fazem, pois é o normal).  Suzana e Guilherme deixam como seus maiores legados Rui e Solange, que se mesclam entre amizade, lealdade e integridade, coisa muito rara em nossos dias.

Jeito de fazer

Na quinta feira o governador Paulo Dantas recepcionou a imprensa, com um café da manhã, oportunidade em que foi feito o lançamento da Galeria Falcon Barros, espaço virtual onde ficarão gravados os registros de fatos e personagens da história de Alagoas. A homenagem ao premiado colega foi idealizada pelo Secretário de Comunicação, Joaldo Cavalcante, que empreende permanente canal de relacionamento entre o governo e jornalistas, de maneira muito eficiente e respeitosa.

Pílulas do Pedro

MP do Marco temporal votar sim ou não é questão de coerência. Se abster é vigarismo.


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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