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12/06/2023 às 10h20

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Vítor Pereira

Pei Fon


PARA REFLETIR

Os políticos não conhecem o respeito, nem o interesse público. São movidos pelo interesse próprio e nunca pelo sentimento.

Vitor Pereira

A mais ingrata função no núcleo de um governo, não deveria ser dada a alguém do qual o governador goste, mas infelizmente tem que ser assim, por razões óbvias. Tenho visto na imprensa local e políticos, que estão longe de compreender “os ossos do ofício”, críticas ao secretário de governo, Vitor Pereira.

O talentoso jovem advogado, dourando em Ciência Política conhece bastante de administração pública e o principal: é amigo de extrema confiança do governador Paulo Dantas.

Vejo em Vitor a minha figura no governo Guilherme Palmeira (mesmo sem ser secretário de estado). A seu convite me dispus a “cuidar  e preservar sua vida pública”. Audiência de deputado, secretários e diretores de autarquias era comigo. Quando queria dar uma bronca em alguém o fazia pessoalmente ou mandava que eu fizesse, quando queria demitir, a mesma coisa. Metade da Assembleia me criticava, boa parte do secretariado também. As opiniões não me incomodavam, até porque sabia da confiança em mim depositada. Em nossos finais de experiente, ao ficarmos a sós, ele me contava todas as queixas e ainda dava os nomes, aí riamos muito. – Ele respondia sempre aos “acusadores’ - “vou falar com ele, mas é o jeito do Pedro”. 

Vitor tem hoje, com uma maior dimensão de gerenciamento, a ingrata função de “para-choque” do governador e dou-lhe esse conselho: mantenha sua lealdade a Paulo Dantas, faça o melhor para resguarda-lo e ponto.

Como dizia Ibrahim Sued (1924-1995) “Os cães ladram e a caravana passa”.

Animais clamam por proteção

Ainda haverei de ver o governo do estado ou a prefeitura de Maceió, criar uma Secretaria de Bem-Estar Animal e prometo fazer uma comemoração. Toda vez que acontece uma movimentação para promover alguma arrumação política fico torcendo, mas a frustração logo surge. Criam secretarias pra tudo o que é viável ou não, a exemplo de órgãos apenas com a finalidade de “empregar” e acolher aliados. A saúde e cuidado com animais no estado e também na capital são negligenciados, os deputados e vereadores não possuem a mínima sensibilidade pela causa e vamos seguindo com um deplorável abandono, que causa fome, doenças e mortes principalmente de cães e gatos. Políticas públicas

de resultados não existem e o que acontece é puro amadorismo.

JHC e Rose Davino

Tem novidades quentes no ninho de apoio à reeleição do prefeito JHC. Para a oposição será um balde de água fria na tentativa de enfrentar um candidato já com aprovação positiva em alta, na avaliação de sua administração. Para desespero dos adversários, surge a real possibilidade da deputada Rose Davino ser candidata a vice do “alcaide.Conversas iniciais surgiram e a turma está embalada em convencer a poderosa família Davino a entrar na disputa.

Uma bomba no colo dos opositores tornando a possibilidade de vitória em “WO” para o prefeito.

A política do ódio

Infelizmente os políticos de Alagoas vivem a política do ódio e não de adversários. Há sempre um rancor doentio a cada eleição, que se propaga eternamente. Houve um tempo e eu vivenciei, no qual os adversários políticos não passavam de simples adversários.  Disputavam o mesmo colégio eleitoral, derramavam-se em discursos sectários, faziam oposição ferrenha, mas sempre havia uma porta aberta para o diálogo. Esse quadro vem se agravando desde o 

primeiro governo petista e tomou proporção maior na tresloucada gestão Bolsonariana. A frase “nós contra eles” revela um mantra entre direita e esquerda no país e isto é muito ruim para todos que se veem envoltos pela política do ódio.

Entre tramas e tramoias

Em episódio recente, quando se discutia graves problemas nacionais em Brasília, tendo no protagonismo o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara Arthur Lira, que reclamava a falta de liderança institucional do governo no Congresso, aqui em Alagoas repentinamente acontece uma operação “arranjada”, da Polícia Federal, com o objetivo de “caçar” adversários políticos, desvendar, confiscar e prender a qualquer custo.

Tudo resvala para o jogo sujo da discórdia, do denuncismo caboclo e de muito ódio no coração. Os alagoanos não merecem isso, senhores.

Qual será a próxima trama?

Sem São João

Procurei nas programações de São João em Maceió e confesso que tive um susto, ou uma constatação de que estou totalmente desatualizado. Dos nomes citados na lista das “atrações” não conheço praticamente ninguém e os que conheço me nego a escutar. Grandes nomes da música autêntica nordestina foram excluídos da programação, naturalmente por não cobrarem caches milionários, como as “estrelas” convidadas. Eles se acertam e nós ficamos sem nossas raízes musicais como Flávio José, Petrúcio Amorim, Santana, Flávio Leandro, Alcimar Monteiro, Jorge de Altinho, ausentes do palco principal, onde só cabem os “notórios”. Tenho ouvido muitos protestos com essa distorção de valores, mesmo de pessoas jovens, mas que curtem a nossa música forró raiz nessa época junina, tão aguardada. Soube que não é só em Maceió e que em Campina Grande (PE) aconteceu a mesma discrepância. Perdemos nossa musicalidade junina, roubaram nosso São João.

Esse não

Antes de morrer o grande político alagoano, Guilherme Palmeira me fez uma confidência ao me contar que um ex-governador e amigo, havia estado com ele dias antes e levou um pedido para que ele recebesse um importante político local, que o havia ofendido muito anteriormente, em uma determinada eleição, com acusações irresponsáveis a pessoas de sua família, do seu íntimo. Guilherme não guardava rancores e eu sou testemunha disso, mas não tolerava quem tentasse atingir sua honra e de sua família e tinha autoridade moral para fazê-lo. Morreu sem receber o tal político. Darei nome e CPF no meu próximo livro, que vem por aí.

Pílulas do Pedro

Se as prefeituras gastassem metade do que gastam em shows, revertidos em ações sociais, não haveria fome e miséria nos municípios.

Uma pergunta a qual gostaria de ter a resposta: onde andam os Guardas de Trânsito de Maceió? Retiro permanente?


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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