PARA REFLETIR
Permissão para delinquir: o Brasil não pode aceitar esse retrocesso.
O canalha conspira
Do conforto dos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro trama contra o Brasil, articulando com grupos extremistas enquanto posa de líder oposicionista. Agora, em um escândalo que beira o surreal, é indicado para líder da minoria, um cargo que exige credibilidade e compromisso democrático, exatamente o oposto do que ele representa. A direita radical aplaude, mas o país assiste, perplexo, à ascensão de quem conspira de fora e transforma a política em espetáculo de absurdos.
Pra frente Brasil
O Brasil está prestes a ingressar em um novo capítulo na história da integração logística sul-americana. Com a construção do Corredor Bioceânico, o país dará um salto estratégico ao ligar o Oceano Atlântico, na costa brasileira, ao Oceano Pacífico. através de uma rede rodoviária que passará por Paraguai, Argentina e Chile, chegando a portos que servirão de porta de saída para os produtos brasileiros rumo à Ásia. O ministro Renan Filho, dos Transportes, tem tido destaque na condução do projeto.
Pra onde for pesa
O mandato do deputado Alfredo Gaspar ganhou musculatura, desde o início, o tornando na bancada alagoana, o de maior visibilidade, aqui e em Brasília. Inteligente, com destino e vocação para o ofício político, tem voo próprio e hoje é um dos nomes mais cortejados em se tratando de votos. Não deve disputar a eleição majoritária agora em 2026, mas já marca posição para ser o próximo prefeito de Maceió. O peso dos seus votos, no entanto, vai valer aqui e agora.
Turismo é coisa séria
Misturar turismo com política nunca foi um bom negócio. Responsável pela alta sustentabilidade econômica da capital, colocada como um dos mais atrativos polos do estado, o assunto é para profissionais e assim vem sendo tratado. A informação de que o prefeito JHC estaria destinando o comando da pasta para um vereador bolsonarista, tem trazido desconforto e preocupação ao trade. Bola fora.
Licença para delinquir
O Brasil enfrenta um dilema. De um lado, a sociedade exige ética, transparência e responsabilidade. Do outro, parte da elite política tenta empurrar a todo custo uma proposta que legaliza a blindagem e desmoraliza a Justiça. Não há meio-termo. Ou o país reage e diz não a essa tentativa de autoproteção vergonhosa, ou corremos o risco de assistir, em silêncio, à consolidação de um Estado feito sob medida para os privilegiados. A PEC da Blindagem é, na prática, uma permissão para delinquir.
É público e é bom
O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas, continua entre os primeiros no ranking nacional entre os melhores hospitais público do país. Sou testemunha dessa excelência no nosso HU, no qual me submeti a uma cirurgia, anos atrás, por recomendação do meu médico, como o melhor equipado na área e com os melhores profissionais. É público e é bom.
O pequeno Moraes
Tenho dito e ressaltado a importância do ministro Alexandre de Moraes, no processo de defesa do estado de direito e sustentação da Democracia brasileira. Esse fato, no entanto, não o torna um herói. Erra muito é seletivo e as vezes vingativo em suas decisões. Exigir que a policia justifique a demora em um atendimento médico do ex-presidente Jair Bolsonaro é um ato muito pequeno e não necessário.
Muxoxos na vereança
Os vereadores de Maceió não são lá muito favoráveis aos “labores legislativos”, preferindo o ócio virtual e remunerado, claro. Com uma Câmara com direção que deixa muito a desejar, alguns tem se mostrado contrariados com o prefeito, que não tem lhes dado o quanto querem e querem sempre além da conta. No plenário não há liderança efetiva em nenhum dos lados, parecendo a “casa de mãe Joana”.
Rédeas curtas
Os deputados Rafael Brito e Isnaldo Bulhões, ambos se imaginando independentes e interessados na liberdade para delinquir, votaram com a imoral pec da blindagem. O troco veio rápido: o chefe Renan Calheiros tacou-lhes uma advertência bem merecida e os desmoraliza diante do eleitorado. Bom pra aprender que suas vaidades não prevalecem.
Poder unido
O presidente do STF, Luiz Roberto Barroso, ao abrir a sessão plenária da quarta feira fez questão de ressaltar a importância do julgamento da primeira turma no caso Jair Bolsonaro e disse: que “o julgamento foi conduzido de forma pública e transparente, com o devido processo legal. Qualquer acusação de perseguição política só poderia vir de quem desconhece profundamente os fatos ou está “descolado da realidade”. Concluindo afirmou: “o tribunal cumpriu uma “missão importante e histórica” no julgamento, citando que esse momento marca um divisor de águas na vida política do país
Pílulas do Pedro
Proposta no Congresso cria um escudo legal para autoridades e ameaça transformar a Constituição em salvo-conduto para a impunidade. (PO)
Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão, membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.