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29/09/2025 às 07h20

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Chamando pra briga

Reprodução Youtube

PARA REFLETIR

“Continuo sendo apenas uma coisa: um palhaço. E isso me coloca em plano muito superior a qualquer político”. (Chaplin)

Chamando pra briga

Nos meios jurídicos e políticos, ainda repercute a ocorrência da última segunda-feira, quando o plenário do TRE/AL por pouco não se transformou num ringue de “telecatch”, durante o julgamento do processo que pode levar à cassação do mandato do deputado Paulão (PT).

       “Round” 01 – Luciano Guimarães, que defende o deputado petista, insiste em questionamentos desconformes, o que leva a advogada Guiomar Mendes, indignada, a se pronunciar, advertindo Guimarães a respeitar a Corte.

        “Round” 02 – Ato contínuo, o advogado Hugo Veloso, já ocupando o púlpito, reforça a posição da advogada, que é esposa do ministro Gilmar Mendes e representa, ao lado de Veloso, os interesses do partido Republicanos, ao qual Nivaldo Albuquerque é filiado.

        “Round” 03 – Com o tumulto em plenário, o advogado Hugo Veloso classifica de “ridículo” o comportamento de Luciano Guimarães, que não aceita o termo, chama veloso de “infame” e o ameaça de agressão física.

O imbróglio é legitimo para ambos e a tendência é beneficiar Nivaldo Albuquerque que inclusive teve mais votos que Paulão (67.697 a 65.814).

Para a próxima sessão é bom convocar reforço policial, pois a “valentia” pode se repetir e a Corte se diminui ao não reagir.

Sem espaço

 A ministra do Meio ambiente, Marina Silva, está de malas prontas para deixar a Rede Sustentabilidade, que ajudou a fundar. Foi para o colo de Lula e tentou levar o partido que por maioria reagiu a suas investidas. Seu grupo minoritário tem perdido o prestígio para a ex-senadora Heloisa Helena, efetivamente a grande liderança partidária. Marina está discutindo com o PSB e também com o PT, sigla da qual foi expulsa.

Pode piorar

A Câmara de vereadores de Maceió é uma aberração, em se tratando de produção legislativa e serviços de interesse público. Dá pra contar nos dedos os poucos nomes entre governo e oposição que possam ter um mandato considerado eficiente (tudo meia boca). Ai quando a gente imagina que pode melhorar, vem a tragédia: a possibilidade de assumir um bolsonarista raiz, tão parco, que mal sabe como se chama. Vai se juntar à manada na aviltada “Casa de Mário Guimarães”.

Respondendo a horrores

“A música popular do Brasil tem sido sempre um aspecto da cultura nacional, que apresenta enorme vitalidade. Então, não poderíamos deixar de responder ao horror que vem se insinuando à nossa volta” (Caetano Veloso). Para mim a grande frase dita na manifestação no Rio de Janeiro, contra a negativa pauta política defendida pela direita bolsonarista. Nossos gênios falaram, cantaram e o povo brasileiro comemorou.

Lula na ONU

Tenho muitas restrições ao governo petista de Lula e sempre deixei isso claro. Publiquei um livro – “Arquivo Aberto, Crônicas de um país Corrupto” - repleto de denúncias e críticas aos seus dois primeiros mandatos, embora considere o bolsonarismo infinitamente pior. Confesso que ao assistir ao seu discurso na ONU, tive orgulho de ser brasileiro. O presidente foi preciso, cirúrgico e estadista. Eu gostei e o Trump também.

Os chefes

O debate sobre a isenção do Imposto de Renda transformou-se em um campo de batalha política entre as duas maiores lideranças de Alagoas: Arthur Lira (PP), e Renan Calheiros (MDB), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

A disputa entre os dois caciques antecipa reflexos para as eleições de 2026 e expõe a rivalidade política que ultrapassa os limites do Estado, alcançando o cenário nacional. Por enquanto o protagonismo de Renan é maior.

Quem tem...tem medo

A PEC da blindagem foi morta e sepultada, o excelente relatório do senador Alessandro Vieira foi aprovado por unanimidade, os bandidos calaram e alguns até brindaram. Deu-se uma lição na Câmara dos Deputados, lotada de marginais, protetores do Crime Organizado. A voz do povo ecoou nas ruas e nos corredores sujos do Congresso. Quem tem “c.” tem medo.

Dois extremos

A eleição para governador poderá ocorrer em duas situações de extremos, em Alagoas. Cenário um: candidatos Renan Filho e JHC, com um embate de igualdade e o salve-se quem puder, faca nos dentes e folhas corridas expostas, sempre faltando propostas. Cenário dois: Candidatura única de Renan Filho e sua invencibilidade, com o sinal de que o “acordo e Brasília” foi pra valer e os alagoanos foram, mais uma vez enganados.

Pílulas do Pedro

“Nunca perdi o sono por matar alguém” – trágica frase de um deputado/policial militar.

“Existem dois tipos de parlamentares – os que querem proteger bandidos e os que não sabem o que estão votando”. (Sen. Alessandro Vieira – relator da PEC da Blindagem)


Pedro Oliveira por Pedro Oliveira

Jornalista e escritor. Articulista político dos jornais " Extra" e " Tribuna do Sertão". Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão,  membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.

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