O Supremo Tribunal Federal (STF) só começará a julgar a notícia-crime contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), após o carnaval. Ontem, o ministro Ricardo Lewandoswki pediu vistas ao processo, quer mais tempo para analisar.
A ação foi movida pela ex-mulher do parlamentar, Jullyene Lins e chegou ao STF em junho do ano passado. O julgamento seria realizado ontem, 12, no plenário virtual do STF, plataforma digital na qual os ministros depositam os seus votos ao longo de uma semana.
Jullyene acusa Lira de cometer injúria e difamação ao rebater sua entrevista à revista Veja, onde ela diz que o ex-marido acumulou fortuna com propinas. Na ocasião, o deputado afirmou que a ex-mulher era uma 'vigarista profissional querendo extorquir dinheiro, inventando histórias'.
A defesa de Lira quer a extinção da notícia-crime, sob a proteção da imunidade parlamentar a qual o deputado tem direito.
Mas será que a imunidade garante aos parlamentares o direito de xingar, ofender e difamar pessoas? Será que a resposta às acusações de Jullyene ao ex-marido, um homem público, não deveria ser mostrando que se ele acumulou fortunas, foi de forma honesta?
Aguarda-se o Supremo.
E Justiça, seja lá para quem for nesse caso.
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