A escolha de Marcelo Queiroga para o Ministério da Saúde, de certo não agradou o Centrão, que buscava uma cara menos parecida com a do presidente Jair Bolsonaro para comandar a saúde pública nesse momento grave da covid-19 no país.
Queiroga, ao contrário, é da casa e da intimidade política de Bolsonaro, ligado principalmente ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Ou seja, dizem os analistas políticos que o novo ministro não terá carta branca do grupo político liderado no Congresso Nacional pelo presidente da Câmara Federal, deputado alagoano Arthur Lira (PP). A ideia do Centrão era a de que Bolsonaro desse uma guinada no Ministério da Saúde, com a escolha de um nome técnico que se oponha ao negacionismo pregado pelo governo, desde o início da pandemia.
Não é caso de Marcelo Queiroga.
E ficamos, então, com o alerta da médica Ludhmila Hajjar, caso não haja mudanças na prática de combate do Ministério da Saúde à pandemia: “um cenário sombrio com 500 mil, 600 mil mortes, com sequelas e consequências à longo prazo que não estejam sendo pensadas".
Ontem, Alagoas registrou, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, 18 mortes por covid e mais 1.048 novos casos em um período de 24 horas.
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