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19/04/2021 às 10h00

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TCU e Câmara dos Deputados investigarão gastos públicos com férias de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro deixou o governo entre final de dezembro de 2020 e início de janeiro de 2021 em férias.

 

Um fato absolutamente normal, se não fosse o provável gasto de R$ 2,4 milhões em um período de menos de 20 dias, e se essas despesas, que até agora o Planalto ou o próprio presidente não desmentiram, não tivessem sido feitas com dinheiro público.

Segundo denúncia chegada ao Tribunal de Contas da União e à Câmara dos Deputados, do total dispendido, quase R$ 1,2 milhão foram gastos com o cartão corporativo do governo federal, R$ 1,05 milhão bancaram combustível e manutenção de aeronaves, e R$ 202 mil, diárias da equipe de segurança presidencial.

Questionado pela imprensa e apoiadores, no último dia 12, Bolsonaro jogou ironia na história: “Qualquer saída… a despesa grande, mas eu vou assim mesmo. ‘[Dizem] Ah, gastou R$ 2 milhões nas férias’. Vai ter mais férias. Vai ser gasto, fique tranquilo”.

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara vai ouvir o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário, na próxima terça-feira (20). O requerimento de convocação do ministro foi apresentado pelo deputado Kim Kataguiri (DEM/SP). O parlamentar quer saber se a despesa estava prevista no orçamento, se ela é justificável em um período marcado pela pandemia e pela crise econômica e se está dentro do histórico dos gastos dos presidentes antecessores com as férias.

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu à corte que investigue as despesas.

Vivemos em um país onde um presidente da República pode tirar dos cofres públicos R$ 2,4 milhões para descansar e se divertir com sua família em um espaço de menos de 20 dias? Em um país enlutado há mais de um ano por uma pandemia de covid que tem matado em média até 3 mil pessoas por dia? Em um país onde o auxílio emergencial dado pelo governo é de 150 reais por mês para alguém sobreviver? Em um país onde ainda cobramos vacinas, kits de intubação, medicação de toda ordem no enfrentamento à covid?

Em tempo: além dos gastos, o presidente Bolsonaro prestou outro grande desserviço ao país: nas duas cidades dois lugares, contrariando os protocolos sanitários contra a covid-19, Bolsonaro provocou aglomeração e circulou sem máscara.


Ponto Final por Redação

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