Dia do Trabalhador, neste 1º de maio, sem motivações para celebrar a data.
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que todos os números do mercado de trabalho estão ruins. E o mais grave, segundo analistas, o quadro ainda pode piorar. E muito.
É que os indicadores ainda não refletem os impactos do pico da segunda onda da pandemia de covid-19, que atingiram mais intensamente o país em março e abril.
Segundo a Pnad, o desemprego atingiu novo recorde da série histórica, iniciada em 2012: 14,4 milhões de brasileiros estão sem trabalho, dos quais 400 mil engrossaram as estatísticas apenas no trimestre dezembro de 2020 a fevereiro de 2021. E o rendimento médio do trabalhador (atualmente em R$ 2.520) caiu 2,5% nesse período.
Outro dado de destaque na pesquisa do IBGE é a quantidade de desalentados, ou seja, pessoas que, diante da dificuldade de encontrar uma vaga, pararam de procurar trabalho. A população desalentada (6 milhões de pessoas) também é recorde da série histórica, e cresceu 26,8% em comparação ao mesmo período de 2020.
O número de empregados com carteira assinada no setor privado, atualmente em 29,7 milhões de pessoas, também caiu. Cerca de 3,9 milhões de pessoas perderam os empregos formais no confronto com o ano anterior, uma queda de 11,7% do contingente de trabalhadores dessa categoria.
O fator principal, óbvio, é a pandemia, e a recuperação do mercado de trabalho no Brasil depende essencialmente do êxito da imunização contra a covid-19, a partir do resgate gradual da economia.
Que, infelizmente, ainda caminha devagar, aos tropeções e com registro de mais de 400 óbitos por coronavírus em menos de 1 ano e meio.
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