O presidente Bolsonaro não gostou nadinha da segunda vez que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi à CPI da Pandemia e defendeu medidas restritivas como prevenção à covid-19, a exemplo do uso de máscaras para quem teve coronavírus e para quem não teve, para vacinados e não vacinados.
Não saímos ainda nem do patamar de 11% de vacinados com a segunda dose da vacina e Bolsonaro ameaçou, ontem, baixar um decreto abolindo o uso de máscaras para quem já foi infectado e para os imunizados com a vacina.
É um desaforo para a ciência, um desrespeito à vida e uma provocação para Queiroga a mínima possibilidade desse decreto presidencial.
De modo que, ou Queiroga obedece ao presidente e se desmoraliza definitivamente, ou pede para sair. O fato é que, a partir de agora, o ministro não pode mais ser o “joão-bobo”, o que balança, mas não cai.
Ou cai pela responsabilidade, ou se sustenta pela obediência cega a um desmando criminoso de Bolsonaro.
A ciência ainda não decretou o fim da pandemia. Para que isso ocorra, é preciso reduzir o contágio e aliviar o sistema de saúde, que continua sob pressão. Esta semana, por exemplo, 20 estados apresentaram situação preocupante de ocupação de leitos, 11 deles e o DF acima de 90%. Mato Grosso do Sul se viu obrigado a enviar pacientes para outros estados.
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