As redes sociais têm servido de outdoors para postagens polêmicas e nem sempre sadias, e no debate de extremismo político virou uma espécie de tribunal de exceção sem qualquer legitimidade.
O ex-secretário municipal de Turismo, Esporte e Lazer de Maceió, Ricardinho Santa Ritta, protagonizou um desses espetáculos semana passada, o que lhe custou a demissão do cargo, julgamento e condenação prévia na internet.
Sua página no facebook foi literalmente atacada pelo ódio que se cultiva em redes sociais.
Onde foi o erro do ex-secretário? Na forma como se expressou, nas palavras (mal) usadas, já que disse depois, em desculpas públicas, não ter nenhuma relação ideológica com o nazismo ou coisa parecida.
O tom da frase pareceu a quem lia, defesa de um símbolo que representa genocídio como liberdade de expressão.
O fato de Ricardinho desconhecer que a divulgação do nazismo é crime é o menor dos seus pecados nessa história. O maior deles, entretanto, é o fato de que, como agente público, deve ter discernimento no uso das redes sociais.
Coisa que o ex-secretário não teve. Usou as palavras num contexto errado, numa plataforma errada e no momento errado.
Mas em política tudo se refaz, desde que o ex-secretário saiba, daqui para frente, usar um ensinamento fundamental, lição de Graciliano Ramos: “A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer. ”
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