Em entrevista, ontem, 7 de julho, ao programa Boa Tarde da Brasil da Rádio Guaíba, de Porto Alegre, Bolsonaro voltou a afirmar que o segundo turno da eleição presidencial de 2014 foi fraudado para Dilma Rousseff ser reeleita.
Segundo Bolsonaro, quem ganhou no voto aquela eleição foi o tucano Aécio Neves.
“Eu vou mostrar para vocês como é que foram as eleições do 2º turno de 2014. Vocês vão ter uma surpresa no tocante a isso. O nosso levantamento aqui, feito por gente que entende do assunto e esteve presente lá dentro, acompanhou toda a votação, eles garantem que sim (Aécio foi eleito). E o que eu vi, eu não sou técnico de informática, mas o que eu vi é que está comprovado, no meu entender, a fraude em 2014. O Aécio foi eleito em 2014. Não vou entrar no mérito de quem é o melhor…, mas o que as urnas apontaram dado esse levantamento, feito ao TSE, deu Aécio Neves em 2014", disse o presidente.
E aproveitou para cutucar o Supremo Tribunal Federal (STF).
Escolheu a dedo o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para jogar sua ira:
“Por que que o Barroso não quer mais transparência nas eleições? Porque ele tem interesse pessoal nisso. Ele tá se envolvendo em uma causa como essa e interferindo no Legislativo, e isso é concreto porque depois da ida dele ao parlamento brasileiro várias lideranças partidárias trocaram os membros da comissão que analisa o voto auditável”.
E claro, não faltou o vocabulário grosseiro e desnecessário. Bolsonaro disse que Barroso é um “péssimo ministro”.
Bem, na verdade, para o presidente Bolsonaro ótimo ministro deve ser alguém com o perfil de André Mendonça, advogado-geral da União em seu governo, que ele indicou para a vaga do ministro Marcos Aurélio no STF:
“Além de ele ser evangélico, — ele é evangélico, não quer dizer que é uma virtude dele, é um direito de ele acreditar na Bíblia ou não acreditar. Mas ele tem um notável saber jurídico, é uma pessoa humilde”.
Então, tá!
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