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31/07/2021 às 10h40

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É de fake news que Bolsonaro se sustenta


Ainda sobre a última live do presidente Bolsonaro, aquela em que ele divulga fake news, ataca imprensa, STF e TSE e promove equivocadamente, embora propositadamente, a impressão do voto como se a urna eletrônica não fosse auditável.

A live que, por ela própria, já foi uma própria fake news, ao ser convocada em forma de coletiva e os jornalistas terem sido proibidos de fazer perguntas.

A promessa de Bolsonaro era de que nesta live ele apresentaria provas de fraude eleitoral no Brasil, mas na verdade ele admitiu que "não havia provas. E inovou o sistema jurídico afirmando que o ônus da prova não cabe mais ao acusador, mas ao acusado: “Eles (TSE) que provem que não houve fraude”, desafiou o presidente.

Um dos alvos desses ataques, o Tribunal Superior Eleitoral TSE) adotou como estratégia de resposta verificar, junto a agências de checagem de fatos, as falas do presidente Bolsonaro. Vejamos o resultado de algumas delas:

O presidente disse que a apuração seria feita em uma sala escura do TSE. 

A afirmação é falsa, já que o processo de apuração é aberto à imprensa na sede do tribunal, em Brasília. "Ao chegarem ao TSE, a integridade e autenticidade dos dados são verificados e se inicia a totalização (isto é, a soma) dos resultados de cada uma das urnas eletrônicas, por supercomputador localizado fisicamente no tribunal. O resultado final divulgado pelo Tribunal sempre correspondeu à soma dos votos de cada um dos boletins de urna impressos em cada seção eleitoral do país".

O presidente disse que apenas três países usam o voto eletrônico - o Brasil e os asiáticos de Bangladesh e Butão. 

A informação é falsa. Dados do International Institute for Democracy and Electoral Assistance (Idea) indicam que 23 países fazem uso deste sistema em alguma medida, incluindo nações como Estados Unidos, Canadá, França, Espanha e Austrália. Tais sistemas democráticos garantem, assim como no Brasil, a transferência democrática de governo.

O presidente disse que eleitores não conseguiam votar nos candidatos que desejavam.

A informação é falsa. 

Em 2018, o TSE também alertou para um vídeo com informação falsa, onde pessoas reclamaram que a urna eletrônica não apresentava a tecla “Confirma” para votar para presidente. O tribunal superior garantiu que tais votos, inclusive os dados para presidente, foram computados e registrados nos respectivos boletins de urna.

Em outro vídeo falso, um especialista afirma que auditoria nas urnas eletrônicas realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) não obteve o resultado esperado. O caso de falha nos teclados, segundo o tribunal, foi registrado em uma única urna, na zona leste da cidade, sendo rapidamente trocada por um aparelho funcional.

"Todos os procedimentos realizados durante a auditoria do TRE-SP foram definidos em conjunto entre representantes da Justiça Eleitoral, um delegado e um perito da Polícia Federal que acompanharam e registraram todo o processo. Durante a cerimônia, todos os procedimentos eram previamente anunciados aos presentes, de modo a permitir eventual manifestação quanto à pertinência das ações. Nenhum presente contestou os procedimentos, seja antes ou durante a realização da auditoria", indicou o TSE.

O Tribunal Superior Eleitoral mantém, em seu site, uma página pronta para esclarecer dúvidas sobre boatos relacionados às eleições.

Em suma, de live em live o presidente Bolsonaro vai construindo dentro e fora do Brasil uma imagem que, de longe, não condiz com a de um estadista.


Ponto Final por Redação

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