O presidente Jair Bolsonaro chegou domingo à noite, 19, a Nova York para participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas, mas precisou entrar pela porta dos fundos do Hotel Intercontinental Barclay, onde está hospedado.
O motivo foi um protesto contra o seu governo na entrada do hotel, onde um grupo de pessoas segurava faixas com as frases "Stop Bolsonaro" (Pare Bolsonaro) e "You are not welcome here" (você não é bem vindo aqui), enquanto gritava "criminoso" e "genocida".
Bolsonaro fará o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU amanhã, 21.
No sábado, 18, ele disse a apoiadores, em Arinos (MG), que irá dizer "algumas verdades" sobre a situação do país. O chefe do Executivo também prometeu mandar recado aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O que eu devo falar lá? Algo nessa linha: se o marco temporal for derrubado, se tivermos que demarcar novas terras indígenas, hoje em dia temos aproximadamente 13% do território nacional demarcado como terra indígena já consolidada. Caso tenha-se que levar em conta um novo marco temporal, essa área vai dobrar”, disse na ocasião.
Bom lembrar que o presidente brasileiro é o único líder do G20 a ter afirmado publicamente que não se vacinou contra a covid-19. A exigência da vacinação para entrar nos Estados Unidos e países da Europa não se aplica a chefes de Estados, que apenas deverão apresentar um teste PCR negativo. Em todo caso, em Nova York Bolsonaro não poderá ter livre acesso a serviços essenciais, como restaurantes, já que a prefeitura do município passou a exigir o passaporte da vacina para qualquer pessoa que queira entrar em locais fechados.
Uma coisa é certa, o que envergonha o Brasil não é ter um presidente que precisa entrar pelos fundos de um hotel com medo de um protesto, é o país ter um presidente que não acredita na ciência, na vacina e vai à ONU levar uma causa que segue na contramão dos direitos históricos dos povos indígenas em nossa Nação.
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