Os protestos contra Bolsonaro no último dia 12 de setembro foram menosprezados pela esquerda ideológica, que desdenhou dos organizadores e não compareceu para fortalecer politicamente os atos pelo impeachment do presidente.
Esquerdistas preferiram dar fôlego ao inimigo do que lutar contra ele ao lado de quem ideologicamente não pensa como eles, a exemplo do Movimento Brasil Livre (MBL) e movimentos de rua.
Ou seja, dividiram o exército e salvaram o inimigo que tem ao seu lado direitistas de toda ordem e pensamento, os que acreditam no STF, os que não acreditam, os que querem a ditadura militar de volta e os que não querem, os que são contra a homofobia e os que não são, e até os que defendem fake news e os que não defendem, mas que são, na sua essência, bolsonaristas de carteirinha.
Agora, a esquerda fará o seu próprio ato público, previsto para o próximo sábado, dia 2 de outubro, e espera-se que nele estejam apenas os que levantam a bandeira da volta de Lula à presidência da República na eleição de 2022.
Tipo, quem não é Lula e nem Bolsonaro, deve ficar em casa.
Pura burrice de cálculo, não é um ato de campanha pró-Lula, é um ato de protesto contra Jair Bolsonaro.
Mesmo assim, PT, PCdoB, PSol, PDT, PSB, PV, Rede, Cidadania e Solidariedade já anunciaram que estarão presentes em bloco nesta pauta e ao menos dez centrais sindicais também devem comparecer aos protestos em várias capitais brasileiras, em especial São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
É verdade que o maior protesto se dará nas urnas, na eleição do próximo ano, mas a presença hoje da rejeição a Bolsonaro nas ruas ajuda a pressionar o governo a ser menos intolerante com a cidadania e menos irresponsável com a gestão pública.
Mas parece que a causa da esquerda é meramente eleitoral.
Uma pena para o Brasil, uma sorte para Jair Bolsonaro.
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